Vamos lá!

Acredito em um livro como creio nos sonhos ,

dedico-me à troca de pensamentos como às pessoas que amo



domingo, 1 de dezembro de 2019

Parcerias, preço dos sonhos e VE

Amores,

terminamos a realização dos projetos das turmas e algumas já fizemos a celebração com autoavaliação. Faltam apenas o 3ºA e o 3ºD que faremos nesta segunda. Apesar do tempo corrido e as pressões de final do ano acabou que conseguiram dar alguns passos e fazer o que propuseram. Claro que sempre há aqueles descrentes frente ao processo e ao poder do coletivo. Para realizarmos precisamos pagar o preço dos nossos sonhos e buscar parcerias. É basicamente isso o que eu faço para realizar tantas coisas na escola. Tento ser um exemplo concreto daquilo que estimulo em vocês. Entendo que cada um tem suas próprias dificuldades e escolhas, mas sei também a importância de estar aberto ao outro, ao novo, ao agora,  para avançarmos e termos mais poder. Acreditar em si e em uma transcendência do que está dado também é fundamental. Nesse sentido, selecionei as passagens que deverão ser analisadas na VE. Como combinado, segue ela na íntegra para ajudar na recuperação daqueles que precisarem e na autoavaliação de todos:


Governo do Distrito Federal
Secretaria de Estado de Educação
Gerência Regional de Ensino do Plano Piloto
Centro de Ensino Médio Paulo Freire
VERIFICAÇÃO ESPECÍFICA DE SOCIOLOGIA
Profa. SHIRLEI  DAUDT
3º bimestre
2019
Nome:
3° ano: _____


INSTRUÇÕES:
· Esta prova consta de uma autoavaliação valendo 0,2 para todos os que quiserem responder e uma redação,valendo 2,0 extra, sobre o conteúdo do ano para aqueles que não atingiram 10 pontos no semestre de sociologia. O texto deve ser bem escrito como dissertação argumentativa.
·  Na autoavaliação sejam bem sinceros, pois ajudará a construir aulas melhores nos próximos anos.
· Boa Prova! Obrigada pela parceria!

AUTOAVALIAÇÃO (0,2) : De 0 a 10 avalie cada questão:

1) O quanto me dediquei em Sociologia nesse semestre?

2) O quanto gostei de estudar Sociologia nesse semestre?

3) O quanto desenvolvi habilidades sócio-emocionais?

4) O quanto desenvolvi habilidade argumentativas e expressivas?

5) O quanto me empoderei como cidadão?

6) O quanto minha turma evoluiu no diálogo e união?

7) O quanto gostei da postura pedagógica da professora?

8) O quanto sinto que realizei a partir dessas aulas e projetos?

9) O quanto ampliei minha compreensão política e social?

10) O quanto desenvolvi identidade com o colégio e com a humanidade?

SOMATÓRIO DA NOTAS QUE VOCÊ SE DEU EM CADA TÓPICO:


SE QUISER, DEIXE ALGUMA SUGESTÃO PARA AS AULAS DE SOCIOLOGIA: (não vale ponto)



_________________________________________________________________________________________

REDAÇÃO: Escreva no verso um texto de  no mínimo 20 linhas analisando as passagens abaixo utilizando os conceitos aprendidos em Sociologia listados aqui. As palavras sublinhadas devem ser usadas na argumentação de maneira articula, mantendo a estrutura dissertativa e a clareza. Elas podem ser moduladas e usadas na ordem que quiserem, desde que tragam todo o conteúdo referente dado no semestre. (2,0)

“O fim precípuo de nossa época, caracterizada pela racionalização, pela intelectualização e, principalmente, pelo “desencantamento do mundo” levou os homens a banir da vida pública os valores supremos e mais sublimes. Esses valores encontraram refúgio na transcendência da vida mística ou na fraternidade das relações diretas e recíprocas entre indivíduos isolados.” (Max Weber)

“(...) fomentado pelos chefes tudo o que, desunindo-os, pudesse enfraquecer os homens reunidos, tudo o que pudesse dar à sociedade um ar de concórdia aparente e nela implantar um germe de divisão real, tudo que pudesse inspirar às várias ordens uma desconfiança e um ódio mútuos graças à oposição de seus direitos e de seus interesses, e conseqüentemente, fortificar o poder que os contém a todos.” (Jean-Jacques Rousseau – 1753dc – Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens)

“Nenhuma história concreta esgota toda história possível, estando, por isso, a revolução sempre na ordem do dia. Perdendo-se a noção de utopia, contentamo-nos com o que temos de concreto, deixando de lado o sentido da alternativa. Na teoria crítica, vale dizer que a história dada nunca é a história toda.” (Pedro Demo, 2004)

CONTRATUALISTAS, CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA, CONSENSO E DISSENSOS
DOMINAÇÃO BUROCRÁTICA, PODER, HISTÓRIA, DEMOCRACIA, CIDADANIA
UTOPIA, MOVIMENTOS SOCIAIS, HABILIDADES SÓCIO-EMOCIONAIS, PESQUISA-AÇÃO.



Se tiverem alguma dúvida me procurem antes de quinta, quando será a prova. No mesmo dia, a partir das 10h30 estamos organizando junto com o grêmio uma aula da saudade no auditório para todos do terceirão. Veremos um vídeo resumo do ano, faremos apresentações culturais e confraternizaremos com comes e bebes trazidos por todos nós. A ideia é que os professores também participem.

 Segue agora fotos dos projetos realizados nessa semana. Os vídeos das turmas mandarei pelo WhatsApp porque não consigo colocar aqui.

100 anos de pedagogia Waldorf no plenário nacional

 Somente 15 alunos foram, mas a sessão foi linda! Cheia de crianças, apresentações culturais e o próprio plenário que é magnífico. Os alunos do 3°A que faltaram perderam 1,2 do projeto de turma, mas quem tiver justificativa poderá entregar trabalho escrito sobre:

" A pedagogia Waldorf, a arte e a cidadania, relações com o projeto da turma."







Encontro de encerramento do projeto da Fiocruz: saúde e segurança coletiva



Nesse evento foram 29 estudantes do PF. A maioria foi andando comigo da escola até a Fiocruz na 804 norte. Fomos fazendo brincadeira, porque isso era parte do projeto do 3°D. Lá comemos um lanche gostoso e ouvimos professores e estudantes contando como foi a realização do projeto em suas escolas. Pena que meu celular acabou a bateria e só tirei essas fotos. O Vídeo vai estar melhor.


Por fim, hoje fiquei em função de escrever um projeto para submeter em um edital de até 20.000 para a nossa escola. A Andrea Negrão, parceira de todas as horas,  ficou como autora principal. Segue o projeto, para vocês terem uma ideia de como fazemos. Desejamos que seja contemplado!

TRILHANDO HISTÓRIAS NO CHÃO DA ESCOLA

DESCRIÇÃO DO PROJETO
Como convencer um aluno, envergonhado de sua localização ou origem social, de que sua história e suas referências têm valor? Como ampliar sua visão de coletividade a partir dos seus pares, também oprimidos por um padrão de sucesso tão restrito? O resgate das trilhas individuais e coletivas dos estudantes, professores, famílias, escolas e cidades é o ponto de partida deste projeto. Usando o método de pesquisa-ação (união de investigação e intervenção) os estudantes começarão a olhar, refletir e contar sobre sua família e vizinhança, construindo uma narrativa a ser trocada entre os colegas de sala.  A partir dessa diversidade, o projeto começa a questionar sobre o tempo-espaço de diálogo do colégio Paulo Freire. A escola transmuta-se em objeto-sujeito do estudo interventivo. Quando adquiriu esse nome? Por quê? Que significado tem isso hoje? Antes de se tornar Paulo Freire, que escola era essa? Caminhadas, incursões, entrevistas, registros fotográficos e audiovisuais, fóruns, feiras, oficinas e produções escritas serão os instrumentos básicos que utilizaremos. Trilhando as histórias no chão da escola, encontraremos caminhos para ampliação das vozes e ações transformadoras. Almejamos assim, a constituição de uma comunidade mais integrada, consciente, ativa e empoderada.

APRESENTAÇÃO DOS PROPONENTES
Professora de filosofia, formada pela Universidade de Brasília e Mestrado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atuo no Ensino Médio da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal desde o ano de 2003. Cheguei ao Centro de Ensino Médio Paulo Freire por concurso de remoção no ano de 2013 e, desde então, permaneço em sala de aula, formando adolescentes oriundos das diversas regiões administrativas do Distrito Federal. Neste colégio, sempre tive como parceira a professora Shirlei Daudt, licenciada em Ciências Sociais e Educação Física pela UnB, com mestrado em Sociologia. Juntas fizemos fóruns e projetos sobre Democracia, Política, Educação, Sustentabilidade, Arte, Resistência e Cuidado. Neste ano, começamos uma parceria com o professor de história Luis Guilherme Baptista, recém-aposentado do Centro de Ensino Médio Setor Leste e coordenador geral do projeto Re(vi)vendo Êxodos desde 2001. A partir desse encontro, pensamos em canalizar nossas diversas iniciativas dentro da perspectiva desse bem sucedido projeto, adaptando à nossa realidade e trazendo novas contribuições. Segue os blogs com fotografias mais detalhes das trilhas percorridas pelos projetos:
https://revivendoexodos2001.wordpress.com
http://dialogosnaescola.blogspot.com/


Objetivos e resultados esperados:

Nossa escola recebe pessoas das diversas regiões do DF e entorno. Trabalhamos com cerca de 900 adolescentes em 28 turmas. Mais da metade dos professores são efetivos e está há alguns anos no colégio, o que facilita a constituição de projetos coletivos mais perenes. Por outro lado, como as famílias dos alunos permanecem um triênio, muitos moram longe das cercanias da escola e têm tempo escasso para o envolvimento, os projetos comunitários são inexistentes. As demandas estudantis geralmente são desconsideradas. A reclamação básica é a de não serem ouvidos e acreditados. O grêmio estudantil subsiste com apoio de professores e realiza alguns eventos, mas sempre com críticas dos colegas e de alguns docentes. Aliás, a crítica ao outro, descompromissada com a solução efetiva dos problemas, é um costume pernicioso presente. Isso dificulta o diálogo saudável entre os setores. O conhecimento da comunidade se dá só por dados institucionais frios, pouco compartilhados e sem reflexão. A reprovação estudantil fica dentro dos níveis gerais (cerca de 35%), porém, precário conhecimento obtemos sobre o quanto os jovens estão efetivamente aprendendo. As doenças psicossociais são cada vez mais frequentes no meio escolar e os métodos tradicionais são ineficazes para o enfrentamento dessa problemática atual.  Por tudo isso, segue nossos objetivos e metas:
Focar o processo de aprendizagem no percurso do estudante;
Valorizar a diversidade de histórias e vozes;
Habilitar os alunos para produzirem suas próprias narrativas e ações;
Incrementar a capacidade de diálogo e mediação de conflitos;
Desenvolver senso de pertencimento e integração comunitária;
Ampliar a compreensão dos diferentes contextos sociais;
Perceber detalhes das relações entre o micro e o macro social;
Produzir material fotográfico, audiovisual e escrito da pesquisa-ação;
Realizar 6 eventos dialogais incluindo todos os segmentos da comunidade;
Produzir 1 painel por semestre em cada turma acerca dos resultados.

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