Vamos lá!

Acredito em um livro como creio nos sonhos ,

dedico-me à troca de pensamentos como às pessoas que amo



domingo, 1 de dezembro de 2013

Última postagem de 2013

Queridos,
esta será a última postagem deste ano. Ainda teremos algumas atividades que detalharei ao final, mas acho que poucos estão lendo e talvez ninguém lerá depois dessa semana.
Corrigi as provas e infelizmente os resultados não foram os melhores. Sei que a maioria não priorizou minha matéria neste final, pois já estavam passados. Mas eu achava que a avaliação estava realmente fácil e que vocês estudariam pelo bel prazer de aprender e refletir. Não gosto de me frustrar com meus idealismos, mas aprendi a lidar com essa situações. Alguns gabaritaram e isso me deixa realmente feliz. Parabéns para:

THAÍS ALVES 3C
RHUAN SANTOS 2E
PEDRO VITOR 2E
LUCAS DE SOUSA 2E
DANIEL 2E
PAULO HENRIQUE 2D
MÁRCIO LIMA 2D
CLEITON DO CARMO 2D
LEANDRO DE CASTRO 2C
GABRIEL BORDIN 2B
THATIANA SOUZA 2B
LUAN CHRISTIAN 2B
JONA 2B
ANA CAROLINE 2B
NATHÁLIA SOUSA 2A
LARISSA FERREIRA 2A
MAYARA 1D
IANE PERDIGÃO 1C
LORENA MARQUES 1C
AZUCENA 1B
LIBNI SARAIVA 1A
HEITOR 1A
GUSTAVO MOSS 1A

Todos esses irão ganhar bombom nesta segunda, é só me procurar após as provas com sua avaliação na mão. Os que tirarem acima de 9,0 também ganharão, mas o resultado só sairá na terça por conta dos décimos extras do festival de amanhã. Fixarei as notas no mural e vocês terão até quarta para tirar dúvidas, fazer correções e buscar os prêmios. Estaremos com o festival na segunda e com torneios nos outros dias. Atenderei oficialmente em minha sala todos os estudantes na quarta das 10h às 12h, explicando questões, corrigindo notas e definindo o passeio de prêmio para os 10 vencedores da gincana do 4 bimestre. Na sexta-feira às 10h darei aulão para o PAS 1 e 2 etapas. Também estarei recebendo a contribuição dos formandos e de seus convidados ao longo de toda esta semana para a confraternização no clube ASBAC do dia 15 de dezembro. A churrasqueira é a 16 e temos vagas para 100 pessoas. O dinheiro será para alugar um futebol de sabão e uma cama elástica (se der). A comida cada um leva um pouco. Bebida tem que ser comprada no bar do clube, salvo suco natural que pode ser trazido de casa. Não permitirei consumo de bebida alcoólica aos meus estudantes, mesmo os maiores. Somente aqueles que estiverem acompanhados do responsável legal poderão beber com a sua permissão. O acesso ao evento está condicionado à inclusão do nome completo na minha lista até esta sexta. 

Bom, no mais posso dizer que foi um ano repleto de aprendizado e troca. Me afeiçoei mais a algumas pessoas, mas amo todos vocês. Desejo muita paz, amor e harmonia neste Natal. Espero mais crescimento e boas experiências no ano que chega. Deixo uma mensagem final que achei muito bonita... Foi um texto escrito por uma funcionária do IBRAM, Cristiane Leite, lido no sarau do parque Olhos d'água... Percebo ter muito a ver com conteúdos trabalhados no ano... Diversidade, abertura ao outro, amor, cuidado com a vida, senso coletivo, resignificação dos padrões, busca de um mundo melhor, com relações melhores... Anseio gostarem tanto quanto eu...


Minha espécie

Chega uma fase da vida – não cronológica, mas emocional - em que grande parte das convicções incutidas em nós começa a se flexibilizar. Ganha uma malemolência que vai se moldando pelas mãos de nossas experiências e sentimentos - diante do outro e dentro da gente.
Nesse momento coisas do gênero “ou você é razão ou se move pela emoção” vão se redefinindo numa espécie mais singular. Pertenço a este grupo, e conheço outros seres que também escolhem tal pertença.
Gosto da mistura de ideias, de posturas e virtudes. Quero em mim tanto a intensidade de quem devora os acontecimentos com entrega e coragem (necessários à mente que luta), quanto a leveza sutil dos que saboreiam com demora e contemplação os momentos raros (os que mais valem a pena ao coração).
Prefiro ter por perto aqueles que militam em debates políticos e mudam o rumo das decisões, mas que adoram se refugir nos casebres mais simples, os recantos de água na moringa, terra batida e muito banho de cachoeira.
Nossos indivíduos se alimentam ora de abraços e demonstrações concretas de carinho, ora do desapego e libertação do outro, quando esse outro precisa seguir um caminho que o leve pra longe.
Os pares da minha espécie precisam se reunir com frequência pra se reabastecer com a sonoridade das gargalhadas e conversas que fortalecem o que temos juntos, ou o silêncio da companhia que nos conduz de volta ao que somos, se por qualquer motivo ficamos cambaleantes de nossa essência.
Somos assim, mesclados e sempre reconstruídos. Alguns nos chamariam contraditórios - eu nos considero capazes da complementaridade que enriquece a partir da beleza do diferente.
Mas há dádivas em nós que fazemos questão de consolidar: a luta pelo respeito à vida em todas as suas formas, a sensibilidade e cuidado pela trajetória de cada ser vivo e de cada pessoa, a coerência ética entre o que falamos e vivemos, o amor sem jogos que deturpem o que nos faz integrantes de uma espécie rara.
Se somos ameaçados de extinção? Constantemente, e por todos os lados. Mas ao grito de cada nova ameaça, invocamos a mansidão heroica de nossa capacidade de reconstruir e seguimos - mais fortes do que nunca.