Queridos,
esta será a última postagem deste ano. Ainda teremos algumas atividades
que detalharei ao final, mas acho que poucos estão lendo e talvez ninguém lerá
depois dessa semana.
Corrigi as provas e infelizmente os resultados não foram os melhores.
Sei que a maioria não priorizou minha matéria neste final, pois já estavam
passados. Mas eu achava que a avaliação estava realmente fácil e que vocês
estudariam pelo bel prazer de aprender e refletir. Não gosto de me frustrar com
meus idealismos, mas aprendi a lidar com essa situações. Alguns gabaritaram e isso me deixa
realmente feliz. Parabéns para:
THAÍS
ALVES 3C
RHUAN
SANTOS 2E
PEDRO
VITOR 2E
LUCAS
DE SOUSA 2E
DANIEL
2E
PAULO
HENRIQUE 2D
MÁRCIO
LIMA 2D
CLEITON
DO CARMO 2D
LEANDRO
DE CASTRO 2C
GABRIEL
BORDIN 2B
THATIANA
SOUZA 2B
LUAN
CHRISTIAN 2B
JONA
2B
ANA
CAROLINE 2B
NATHÁLIA
SOUSA 2A
LARISSA
FERREIRA 2A
MAYARA
1D
IANE
PERDIGÃO 1C
LORENA
MARQUES 1C
AZUCENA
1B
LIBNI
SARAIVA 1A
HEITOR
1A
GUSTAVO
MOSS 1A
Todos esses irão ganhar bombom nesta segunda, é só me procurar após as
provas com sua avaliação na mão. Os que tirarem acima de 9,0 também ganharão,
mas o resultado só sairá na terça por conta dos décimos extras do festival de
amanhã. Fixarei as notas no mural e vocês terão até quarta para tirar dúvidas,
fazer correções e buscar os prêmios. Estaremos com o festival na segunda e com torneios nos outros dias. Atenderei oficialmente em minha sala todos
os estudantes na quarta das 10h às 12h, explicando questões, corrigindo notas e
definindo o passeio de prêmio para os 10 vencedores da gincana do 4 bimestre.
Na sexta-feira às 10h darei aulão para o PAS 1 e 2 etapas. Também estarei recebendo
a contribuição dos formandos e de seus convidados ao longo de toda esta semana para
a confraternização no clube ASBAC do dia 15 de dezembro. A churrasqueira é a 16
e temos vagas para 100 pessoas. O dinheiro será para alugar um futebol de sabão
e uma cama elástica (se der). A comida cada um leva um pouco. Bebida tem que
ser comprada no bar do clube, salvo suco natural que pode ser trazido de casa.
Não permitirei consumo de bebida alcoólica aos meus estudantes, mesmo os
maiores. Somente aqueles que estiverem acompanhados do responsável legal
poderão beber com a sua permissão. O acesso ao evento está condicionado à inclusão do nome completo na
minha lista até esta sexta.
Bom, no mais posso dizer que foi um ano repleto de aprendizado e troca.
Me afeiçoei mais a algumas pessoas, mas amo todos vocês. Desejo muita paz, amor
e harmonia neste Natal. Espero mais crescimento e boas experiências no ano que
chega. Deixo uma mensagem final que achei muito bonita... Foi um texto escrito
por uma funcionária do IBRAM, Cristiane Leite, lido no sarau do parque Olhos
d'água... Percebo ter muito a ver com conteúdos trabalhados no ano... Diversidade, abertura ao outro, amor, cuidado
com a vida, senso coletivo, resignificação dos padrões, busca de um mundo
melhor, com relações melhores... Anseio gostarem tanto quanto eu...
Minha espécie
Chega
uma fase da vida – não cronológica, mas emocional - em que grande parte das
convicções incutidas em nós começa a se flexibilizar. Ganha uma malemolência
que vai se moldando pelas mãos de nossas experiências e sentimentos - diante do
outro e dentro da gente.
Nesse
momento coisas do gênero “ou você é razão ou se move pela emoção” vão se
redefinindo numa espécie mais singular. Pertenço a este grupo, e conheço outros
seres que também escolhem tal pertença.
Gosto
da mistura de ideias, de posturas e virtudes. Quero em mim tanto a intensidade
de quem devora os acontecimentos com entrega e coragem (necessários à mente que
luta), quanto a leveza sutil dos que saboreiam com demora e contemplação os
momentos raros (os que mais valem a pena ao coração).
Prefiro
ter por perto aqueles que militam em debates políticos e mudam o rumo das decisões,
mas que adoram se refugir nos casebres mais simples, os recantos de água na
moringa, terra batida e muito banho de cachoeira.
Nossos
indivíduos se alimentam ora de abraços e demonstrações concretas de carinho,
ora do desapego e libertação do outro, quando esse outro precisa seguir um
caminho que o leve pra longe.
Os
pares da minha espécie precisam se reunir com frequência pra se reabastecer com
a sonoridade das gargalhadas e conversas que fortalecem o que temos juntos, ou
o silêncio da companhia que nos conduz de volta ao que
somos, se por qualquer motivo ficamos cambaleantes de nossa essência.
Somos
assim, mesclados e sempre reconstruídos. Alguns nos chamariam contraditórios -
eu nos considero capazes da complementaridade que enriquece a partir da beleza
do diferente.
Mas
há dádivas em nós que fazemos questão de consolidar: a luta pelo respeito à
vida em todas as suas formas, a sensibilidade e cuidado pela trajetória de cada
ser vivo e de cada pessoa, a coerência ética entre o que falamos e vivemos, o
amor sem jogos que deturpem o que nos faz integrantes de uma espécie rara.
Se
somos ameaçados de extinção? Constantemente, e por todos os lados. Mas ao grito
de cada nova ameaça, invocamos a mansidão heroica de nossa capacidade de
reconstruir e seguimos - mais fortes do que nunca.