Vamos lá!

Acredito em um livro como creio nos sonhos ,

dedico-me à troca de pensamentos como às pessoas que amo



sábado, 19 de dezembro de 2020

Retrospectiva 2020 e vislumbres do Ano Novo

 Amores, 

estamos fechando um ano calendário sem o encerramento do ano letivo. É a primeira vez que me acontece isso como professora. Foi realmente um ano muito diferente no qual sofri bastante, mas também aprendi muito. Revendo o vídeo que fizemos para o 2º Fórum de trocas da Secretaria de Educação, percebi o quanto realizamos: 



E depois desse vídeo ainda tivemos mais encontros on-line que não apareceram no vídeo, pois ocorreram após a sua confecção: 













Foi realmente difícil dialogar com tanto distanciamento, mas os eventos ajudaram a nos aproximar um pouco. Espero que as pesquisas que irão fazer para apresentarem na primeira semana de janeiro (8/01 às 14h) para todas as turmas também empolguem vocês, ajudando no crescimento coletivo. Além disso, desejo que o último evento interdisciplinar que será a COPAFREIRE nos alegre e una mais: 


 

Segue o formulário para cada equipe preencher até dia 4/01/2021. Lembrem que é uma equipe por turma, ou, se tiver poucos alunos interessados nos jogos, podem juntar duas turmas da mesma série. Por favor, só preencham um formulário por equipe! O importante é que participem de maneira organizada para curtirmos, aprendermos juntos. Valerá ponto para diversas disciplinas:

https://forms.gle/2YXWCGSbr3Q8HcrQA

Nos vemos em meets coletivos nos dias 7, 8 e 9 de janeiro! No mais, desejo um Feliz Natal com suas famílias e um ano de 2021 repleto de vida, saúde, alegrias, crescimento, paz e amor para todos nós!




domingo, 18 de outubro de 2020

7 meses de quarentena e o início do 2º semestre letivo

 Amores,

sete meses de quarentena e ainda tenho dificuldades para lidar com o medo e a ansiedade. Bom, foram 24 anos dando aulas e eu sempre fui uma pessoa ansiosa, mesmo sendo bastante corajosa. Estamos vivenciando imensa falta de controle sobre as coisa, mas ainda não morreu totalmente minha ilusão acerca de estar no comando. Meu marido e filha pegaram covid, e agora provavelmente um ex-aluno que mora conosco também. Reagiram bem à infecção, mas a angústia ficou bastante tempo impregnada no meu corpo e está bem expressa na minha pele. Eu mesma não peguei esse vírus, mesmo cuidando de todos. Talvez seja porque desenvolvi uma resistência cruzada pelas 3 dengues que tive (tem um pesquisador inferindo sobre essa relação). O fato é que sabemos pouco como lidar com a pandemia e estamos aprendendo a nos reorganizar frente a inusitados desafios. 

Trocar ideias sobre nossas vivências nos empodera, pois ajuda a refletirmos sobre nossa situação compreendendo melhor quem está em nossa volta. As primeiras atividades do semestre foram nesse sentido: potencializar trocas e autoconhecimento. Estamos focando na formação da identidade pessoal e coletiva na relação indivíduo/ sociedade. Estamos trabalhando com documentos de produção coletiva em cada turma, de modo a simular um pouco o diálogo em sala de aula. Nos meets apliquei a tecnologia do Círculo de Solidariedade Social desenvolvida pela teoria U para esta quarentena. Ontem fizemos um debate interdisciplinar sobre a obra do PAS " Aos olhos de uma criança". Gostei do resultados de todas essas atividades. Mesmo não sendo a maioria que participa, até por conta de questões tecnológicas, sinto que essas dinâmicas nos fortalecem, pois estimulam nossas redes de apoio. Além disso, facilitam a percepção de que nossos problemas transcendem nossa individualidade, tendo ressonância e raízes em todo um processo mais amplo, coletivo e complexo. Nos ajuda a desenvolver nossa Imaginação Sociológica (texto que trabalharemos nesta semana). 

Para termos um bom semestre letivo precisamos estar motivados à troca e ao aprendizado. Mas como se manter a motivação diante de situações incertas e com isolamento? Existem dicas científicas dadas em uma série do Netflix chamada "Eu e o Universo", no capítulo motivação. Mas também posso compartilhar outras coisa que têm me ajudado. Para começar, diálogos e arte me energizam bastante. Meditar, contemplar, ler e escrever também... Cada um tem algo que faz bem, ou que se sente seguro. Acionar esses recursos constantemente é como respirar. Abaixo segue materiais que me inspiraram neste mês e compartilho com amor para fortalecer nosso vínculo e caminhada: 


















 

terça-feira, 22 de setembro de 2020

6 meses de quarentena e fechamento do semestre.

   Hoje é equinócio de primavera, amanhã aniversário do meu filho mais velho. Chuva, flores e frutos. Última semana de aulas do 1º semestre. Momento de autoavaliação e renovação.

 Este foi realmente um dos semestres mais desafiadores da minha carreira profissional. Minha experiência de 25 anos de docência me valeram pouco neste período tão conturbado da história mundial. Mesmo assim procurei dar o meu melhor, dentro das minhas possibilidades. Fiz cursos para aprender a lidar tanto com a comunicação digital, quanto com as novas formas de vinculação que deveríamos construir. Li e pesquisei muito, até para aplacar minha ansiedade, medo e tristeza. Aprendi novas tecnologias sociais como a Teoria U, o Dragon Dreaming, o love talk e o círculo de solidariedade social. Mantive projetos e ampliei parcerias. Sofri com a plataforma google e com minha desorganização em casa, mas observei falhas e fui corrigindo. Percebi claramente como sou perfeccionista e controladora. Refleti sobre o mal que isso causa a mim e aos outros. Treinei ser mais leve, presente, amorosa e libertária. Avancei um pouco nesse sentido, mas sei que ainda preciso melhorar muito. Equilibrar responsabilidades (inúmeras por sinal) com fluidez é realmente um desafio. Mas quando a gente para e pensa o que realmente é prioritário (saúde, qualidade de vida, amor, vínculo), conseguimos ter escolhas mais harmoniosas. No próximo semestre pretendo manter as 3 atividades coletivas que fizemos, pois acho que quem participou aprendeu e ampliou sua rede de apoio. Por outro lado, devo trabalhar apenas uma atividade e um material pedagógico por semana, pois achei que sobrecarreguei emocionalmente a vocês e a mim, em um contexto já bastante pesado por si só. Meu erro foi tentar passar tudo o que eu dava em semestres normais, desconsiderando a calamidade em que estamos. As vezes, “menos é mais”. No começo até estava encarando este momento como de aperfeiçoamento pessoal e coletivo. Porém, assim que tive de fechar notas voltei ao modelo tradicional e fiquei em dúvida sobre a efetividade de tudo isso. Lutarei bravamente contra esse sistema neurótico, buscando tecer mais redes de apoio. Também quero ouvir mais vocês para ter soluções melhores, amplas e efetivas. Estamos todos aprendendo e reaprendendo: isso é lindo e o objetivo aqui! Então, assino em baixo das palavras dos poetas:


“Se não houver frutos, valeu a beleza das flores. se não houver flores, valeu a sombra das folhas. se não houver folhas, valeu a intenção das sementes” - Henfil



“De tudo ficaram três coisas...
A certeza de que estamos começando...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que podemos ser interrompidos
antes de terminar...
Façamos da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro!”

Fernando Sabino , O Encontro Marcado.

 


Espero que tenham aproveitado pelo menos um pouco do que conseguimos fazer neste período. Sempre tenho a sensação de que eu devia ter feito mais, ou faltou algo, independente de ser na quarentena. Quero parar com isso. Quero me sentir caminhando, crescendo, avançando, buscando meu melhor com tranquilidade, curtindo cada passo. 

Abaixo segue o MAPA MENTAL do conteúdo do 1º ano, que fiz em parceria com a professora Juliana Bessa . Foi um pedido de estudantes que atendi. Também fiz um áudio explicativo, mas não consegui colocar aqui.

 


 






quinta-feira, 13 de agosto de 2020

5 meses de quarentena, meu aniversário, semana do estudante e final do 1º bimestre

Amores, 

Hoje faz 5 meses que começou a quarentena. Por coincidência também é meu aniversário de 45 anos. Passei o dia todo corrigindo tarefas para fechar a nota até amanhã, prazo máximo dado pela direção para fechamento do 1º bimestre. Fui meio pega de surpresa. Achei que só fecharíamos as notas no final do semestre, já que ele ficou menor e conturbado. Desde quarta da semana passada estou trabalhando mais para colocar tudo em dia, pois eu fiquei 20 dias mal da dengue e ainda sofro muito para mexer na plataforma. Além disso, quando vocês mandam fotos de escritos no caderno fica muito mais difícil e demorado para corrigir. Estamos todos aprendendo a lidar com a educação remota. Já evolui, mas tenho muito que aprimorar. Sei que vocês estão fazendo o que podem também. Na hora da correção sinto que sou dura, mas alivio ao definir a nota final. Quero mostrar em que devem melhorar, mas sei das inúmeras dificuldades e superações que estão passando, como eu também. Sinto que estou ficando mais sábia, superando antigas neuroses e abrindo espaço efetivo para realizar sonhos e me cuidar. Nesse exato momento estou muito cansada, mas em geral estou fazendo de tudo um pouco com mais leveza do que fazia antes. Espero que consiga passar essa tranquilidade a vocês. Estamos juntos nessa jornada e quero apoiá-los o máximo que eu puder. 

Estou terminando de corrigir os exercícios do livro e entrarei na redação final em grupo na sequência. Essas duas atividades foram as que mais valeram até agora, pois leitura e escrita são habilidades básicas para qualquer cidadão. A redação coletiva exige mais recursos acadêmicos e sociais de vocês, me sinalizando de fato o que aprenderam no bimestre a ponto de conseguirem expressar. Essa tarefa parte da temática "A formação dos jovens na atualidade", em homenagem ao dia do estudante (11/8). A ideia é escrever um texto bem articulado, ancorando todo o conteúdo sociológico aprendido na análise da obra do PAS: "Aos olhos de uma Criança" - clipe Emicida. 

 

 A música é trilha sonora do filme "O menino e mundo", animação longa metragem brasileira excelente! Não consegui disponibilizar aqui, mas quem conseguir o link pela internet me manda por zap que eu publico.

Nesta sexta às 15h farei um meet de atendimento aos alunos que estão com dúvidas em relação às notas. Minha meta é entregar no grupo de aulas de sociologia as planilhas de notas das turmas até 14h. Na próxima semana teremos conselhos de classe e depois farei reunião on-line com os responsáveis de vocês. 

Infelizmente me frustrei na minha meta. Mas escrevi dois textos que vou disponibilizar na plataforma e abaixo, sobre minhas angústias no processo de fechamento do bimestre: 

CONSIDERAÇÕES SOBRE AVALIAÇÕES E NOTAS

    Fechar o bimestre é a tarefa mais difícil e chata para mim, enquanto professora. Avalio o tempo todo e troco percepções, porém colocar isso em algarismos é outra história. A nota é injusta por fundamento. É desumano definir em um número frio e vazio o processo de aprendizagem de alguém, o qual mal conheço.
    Tenho cerca de 200 alunos a cada semestre. Dificilmente consigo aprender o nome da maioria. Leio com carinho e atenção todas as tarefas que me entregam, dando dicas para melhorar o aprendizado. No entanto, quando dou a nota, geralmente sinto mal estar, como se algo estivesse errado. E está! Esse é o momento mais conflituoso da relação professor-aluno. Todo o trabalho que faço de inclusão, apoio mútuo, compreensão, diálogo e estimulação se perde um pouco quando chegam os “resultados”.    Ninguém quer ser julgado como um número! É justo que os estudantes se sintam injustiçados. Às vezes até se acham perseguidos (muito comum na adolescência). Mas o que fazer?
    Sempre há coisas que não gostamos no trabalho, na casa, nas relações, no sistema. Maturidade é saber lidar com isso, fazendo escolhas e assumindo responsabilidades. Então, lido da seguinte forma com essa chatice de nota: uso como instrumento para estimular a dedicação ao estudo. Gosto de dar pontos extras por isso. Quanto mais a pessoa consegue fazer mais ganha, sem limites. Aqueles que têm dificuldades, por diversos motivos, deixam de ganhar alguns pontos, mas sempre podem ganhar outros e vencer os obstáculos do sistema. Nessa perspectiva, a nota entra como pontuação de jogos, para estimular a brincadeira, sem o peso de avaliar ou definir a pessoa. Gostaria que internalizassem essa percepção mais lúdica das notas para o processo de aprendizagem de vocês ser mais leve, saudável, feliz e nossa relação ficar cada vez melhor.
    Lembrem sempre do nosso principal motivo de estarmos aqui: APRENDER. O que aprendemos ninguém nos tira nem se perde. A avaliação é importante nesse processo, com ou sem nota. Faz parte da troca, do autoconhecimento e do aperfeiçoamento pessoal ou coletivo. Estou aberta à avaliação de vocês, pois quero estar sempre melhorando meu trabalho e minha ação no mundo. Com diálogo, amor e dedicação construiremos uma aula, uma escola e uma sociedade cada dia mais satisfatória para todos. “Sonho que se sonha junto é realidade” (Raul Seixas)


AVALIAÇÃO E NOTAS NA PANDEMIA

    As dificuldades no processo de avaliação estão aumentadas na pandemia. Fomos todos surpreendidos e estamos nos adaptando, sem certezas ou controle. Como avaliar e dar notas neste contexto em que o novo e o precário nos cercam cotidianamente? Que parâmetros usar? Qual nosso objetivo aqui? Onde queremos chegar? Essas questões estão presentes constantemente enquanto elaboro, corrijo e dou notas em tarefas, tornando esse processo mais lento e angustiante. Mas como evitar essa reflexão? Como professora de Sociologia devo estimular o senso crítico, a reflexão e desnaturalização das relações e padrões estabelecidos.
    Como docente fiz a escolha de usar a avaliação e a pontuação para estimular o estudo. Aprendi que se dou nota alta para todos, os estudantes se sentem pouco reconhecidos. Por outro lado, quando dou notas baixas, ficam com raiva da disciplina, de mim ou de si mesmo. Nos dois casos, a produção tende a cair e, em consequência, o aprendizado também. Então, procuro fazer tarefas diversas que mobilizem recursos variados, de modo que todos, com suas facilidades e dificuldades distintas, consigam realizar uma média razoável de trabalhos. Claro que sempre têm aqueles que fazem tudo e tiram notas acima de 10 pontos. Também é recorrente uma pequena porcentagem de alunos que ficam abaixo da média. Isso era fácil de resolver, adequando os exercícios seguintes, com graus de dificuldades diferentes, dentro da zona de desenvolvimento de cada grupo. Dessa maneira todos eram estimulados no que precisavam e davam conta. Além disso, sempre estimulei a troca de conhecimentos com atividades coletivas.
    Agora, como fazer isso na quarentena? As primeiras atividades coletivas me decepcionaram um pouco. Por outro lado, as últimas me deixaram razoavelmente satisfeita. Todas me deram muito trabalho para orientar e corrigir. Levei muito mais tempo do que eu esperava e entrei muito mais em crise para fechar o bimestre. É claro que tenho outras demandas em casa e existenciais, das quais era livre antes. Mas o que me incomoda profundamente na condição atual é a sensação de impotência frente aos excluídos do processo. O que podemos fazer com os que estão com acesso remoto limitado? O que essas pessoas estão passando? Será que o aluno deixou de fazer por escolha ou falta dela? A nota baixa vai estimulá-lo a correr atrás do prejuízo ou vai desanimá-lo geral? Por outro lado, tem aqueles que fizeram tudo, mas com um grau de dificuldade baixo (já que à distância minha condição de apoio é menor). A nota muito alta vai reforçar o comportamento dedicado ou gerar apatia por sentirem que já sabem tudo o que precisam?
    Estou compartilhando esses dilemas, para ter empatia e apoio de vocês. Juntos somos mais fortes e sábios. Nosso objetivo principal é comum: O APRENDIZADO PARA A QUALIDADE DE VIDA DE TODOS. Recebam as notas com esse olhar, para crescerem e se apoiarem. Ela é um recurso, um meio, um índice de pesquisa, jamais um fim em si. Estamos todos sempre em processo de formação e desenvolvimento. O fim é a morte. Queremos viver, crescer, amar, trocar, criar, semear, sonhar, inovar, entre tantas outras coisas que nunca caberão em um número frio e burocrático. Somos muito mais! Sigamos juntos, de mãos dadas.


segunda-feira, 20 de julho de 2020

4 meses de quarentena e volta às aulas com dengue

Amores,

é realmente uma provação esta quarentena. Além da extensão, a ansiedade e insegurança, também tive muitas questões que também afetaram minha disposição física. Estou exaurida com os cuidados de 4 filhos e da casa sem apoio profissional, com o longo sangramento do aborto e agora ainda veio a dengue. A princípio suspeitamos de covid, pois os sintomas são parecidos. Fiquei uma semana isolada totalmente, com meu marido deixando comida, água e remédios na porta do quarto, até sair o resultado do exame. Nesse período continuei trabalhando, porque apesar das dores e a fraqueza, ainda conseguia sentar. Conversar com vocês me animava e elaborar tarefas me mantinha ocupada, ajudando a esquecer o isolamento. Quando saiu o resultado foi um alívio poder voltar a abraçar as pessoas e andar pela casa. Porém, as dores de estômago, os vômitos e diarreias ficaram mais fortes. Fiquei tão debilitada que acabei entrando de licença médica. Fiz várias consultas com médicos diferentes, por meio de telemedicina, para ver se melhorava minhas dores, agora lancinantes. Praticamente não conseguia reter nenhum alimento. Fui ficando cada vez mais fraca e com mais medo de ir ao hospital e pegar covid. Fiz exame de abdômen total, no qual vimos sequela na vesícula biliar, o que explica as dores fortes. Tenho mais uma consulta marcada e devo continuar mais essa semana de licença médica. Sinto muito por isso, mas entendo que o maior aprendizado dessa quarentena é o do cuidado, seja pessoal, coletivo ou sistêmico. Nossas tarefas e projetos apontam também nesse sentido. Agora, vamos fazer o exercício de relacionar essas tarefas e encontros sobre o cuidado e a pandemia com o conteúdo sociológico propriamente dito. Começaremos resgatando o que já estava sendo ensinado antes da quarentena, com a leitura das postagens anteriores e comparação com as tarefas recentes. Qual a relação? Como vocês entendem ou quais as suas dúvidas de tudo o que foi visto até agora? Na próxima semana, discutiremos essas questões nos encontros por meet nos horários previamente definidos de acordo com a grade passada pela direção:


 HORÁRIO DE MEET DE SOCIOLOGIA POR TURMA: 

TURMA
HORÁRIO DO MEET
1º H
2ª feira 15h
1º I
3ª feira 15h
1º K
4ª feira 14h
2º H
5ª feira 15h
2º I e 2ºJ
6º feira 15h

 As duas últimas turmas foram unidas para evitar choque com o projeto do professor de geografia e também dar um quantitativo maior de alunos nas reuniões semanais, já que o 2i tem apenas 10 alunos frequentes.

Estamos todos nos acostumando a essa nova realidade que não escolhemos, mas é o que temos para hoje. A nossa saúde e segurança são o que mais importa no momento. Faremos o nosso melhor, de modo a aprendermos o máximo possível com as adversidade.
Grata pelo apoio e compreensão. Juntos somos mais fortes!













 






















sábado, 13 de junho de 2020

3 meses de quarentena

Amores,

que saudade de vocês! Nem nos conhecemos tanto, mas sinto falta dos debates, das perguntas, dos olhares curiosos, ansiosos, preguiçosos, inquisidores, divertidos, diversos de vocês. Também estou com saudade dos espaços da escola, mas esses serão mais difíceis de serem acessados neste ano. O ano letivo retomará oficialmente dia 29/6/2020, mas com aulas e atividades remotas.



Nesse último mês fiquei fazendo cursos, conversando com os colegas, aprendendo a lidar com as ferramentas do google sala de aula. Estou empolgada com o aprendizado e a possibilidade de reencontrá-los nem que seja em debates on-line. Sei que muitos de vocês tem acesso limitado à internet, mas o governo vai dar dados ilimitados para alunos e professores quando logados na plataforma com o seu e-mail da Secretaria de Educação em parceria com o Google. Pelo link do CEM PF vocês conseguem saber seu e-mail institucional, a senha da sua turma no google class e detalhes do programa escola em casa. Segue o endereço:

https://sites.google.com/view/cempf/alunos?authuser=0

 Farei uma conferência no dia 16/6 (nesta terça-feira) para dar todas as orientações do curso on-line, tirar dúvidas e saber um pouco do que vocês esperam disso tudo. Será às 15h e terá no máximo 1h30min de duração.  Segue o link do meet para nosso bate papo:

https://meet.google.com/rde-ciwr-fzs

Esse encontro pode ser acessado por qualquer pessoa que clicar no link, não precisa ser com o e-mail institucional, nem ter senha. Fiz fora das turmas para todo mundo poder acessar sem problemas e conseguirmos maior adesão.

As aulas acontecerão pela TV aberta e as atividades serão enviadas pelos professores nas turmas da plataforma google. Presenças e notas serão aferidas a partir da realização dessas atividades. As tele aulas já estão ocorrendo há mais de dois meses, mas somente no dia 29/6 o conteúdo será cobrado oficialmente nas atividades. Segue o link para acompanhar a programação da TV escola:

http://www.se.df.gov.br/programacao-das-teleaulas/

Pelo grupo de WhatsApp das aulas de Sociologia, fiz uma lista com todas turmas e pedi para cada um dos representantes colocarem seus nomes na turma correspondente confirmando que passou a informação aos colegas. Somente os seguintes estudantes das respectivas turmas se manifestaram:

1ºi - Carlos Eduardo Reis OK
1ºj - Maria Eduarda ok (turma da professora Juliana)
2ºh - Talis Ok

Ou seja, somente 2 das minhas 6 turmas se manifestaram. Precisamos melhorar isso! Pelo grupo consigo enviar mais vídeos e informações rápidas. Aqueles que estiverem com alguma dificuldade procurem ajuda com seus colegas, liguem na escola ou me acionem nos comentários. As suas dúvidas podem ajudar a todos, sendo feitas aqui mesmo ou na conferência. Voltarei a escrever e olhar os comentários todo fim de semana a partir de hoje. Espero que sejamos hábeis para aproveitar esse momento o tornando melhor para nosso aprendizado social, humano e acadêmico.

Procurei praticar as seguintes dicas que recebi:



 
Também recebi sugestões de outros cursos legais  nesse último mês:

https://educacao-executiva.fgv.br/busca?programa=64443&curso_tipo[0]=517&modalidade[0]=45&tipo_invest[1]=1&geo-popup=hide

👆🏼Cursos gratuitos. Temas interessantes e tem filtro para buscar o que a gente quer. Filtrei os de Educação e Humanidades, mas tem direito, tecnologia e outros.










quarta-feira, 13 de maio de 2020

2 meses de quarentena

Como combinado, aqui estou após um mês da última postagem. De lá para cá muita coisa aconteceu. Eu engravidei inesperadamente e quando já estava curtindo a ideia do quinto filho, perdi o bebê há 5 dias. Ainda estou debilitada fisicamente e emocionalmente, mas gosto de cumprir os compromissos que coloco para mim mesma. De fato, 2020 veio para deixar bem claro que não temos controle sobre as coisas, somente sobre nossas ações e pensamentos. Treinar a aceitação e maleabilidade frente aos acontecimentos inusitados está sendo o maior aprendizado colocado até agora. Estou tendo que lidar com minhas frustrações e limitações, contando com o acolhimento e apoio da família e amigos (em geral, à distância). Nesse mês me senti muito inútil e confusa. Com muito medo e ansiedade. Mas aceitar isso como um dado de realidade está me ajudando a ser mais humilde, paciente e gentil, principalmente com meus filhos, que sempre tive um pouco de dificuldade no trato. São quatro pessoas dependentes quase totalmente de mim e de idades muito diferentes (23,21,10 e 5 anos), com demandas distintas. Como me dedicava muito ao trabalho, sobrava pouco tempo e paciência para equacionar a diversidade de interesses e necessidades. Agora estamos dois meses juntos o tempo todo, cuidando da casa e uns dos outros. Estamos nos afinando. Temos reuniões quase todo o dia para falarmos dos nossos sentimentos, expectativas e sugestões. São bem legais e leves, mesmo tendo sempre frustrações e discordância sendo colocadas. Penso que olhar os problemas de frente é a melhor forma de resolvê-los. Nesse sentido a ciência é um bom instrumento. Sinto que falta um pouco disso em nosso atual governo. Sei que a situação da pandemia é muito difícil para qualquer presidente equacionar, mas percebo uma negação infantil nos discursos e ações predominantes. Isso nos deixa mais inseguros frente ao que está por vir e a sociedade em mais risco.
Abaixo coloco alguns vídeos, que enviei por WhatsApp elucidando as curvas epidemiológicas e aplicações sociais. Todos bem didáticos de fácil compreensão. Os primeiros curtos e o último longo, porém mais dentro da análise social. Também sugiro a leitura de um livro que me apoiou muito no meu processo pessoal no período de total repouso na tentativa de segurar o bebê e deixou lições que me ajudam agora a lidar com a perda, a ansiedade e o medo. O título é " A sutil arte de ligar o foda-se" do autor Mark Manson. É um livro fluido, com linguagem simples, atrativa e irreverente. Satiriza programas de auto ajuda, mas propõe coisas bem interessantes para a manutenção da saúde mental. Vou adorar debater a leitura dele, analisando os processos psicossociais atuais.
Sinto saudade de travar diálogos presenciais com vocês! Espero que os cientistas descubram logo a vacina, ou soro, ou remédios para melhorar a situação e podermos nos rever de maneira segura. Estou super curiosa para saber dos aprendizados de cada um nesta quarentena. No dia 13/6 escreverei novamente, considerando que as aulas só voltem depois. Se voltarem antes, postarei como fazia nas aulas regulares.

Explicando a Curva do covid-19



Analisando matematicamente a eficácia da quarentena:




Economia e Saúde: Live Monica de Bolle e Atila Iamarino


https://youtu.be/o9edjJUOfSI




segunda-feira, 13 de abril de 2020

Postagens mensais na quarentena e série sobre Paulo Freire

Hoje completamos um mês de quarentena. Esses monólogos estão me cansando um pouco. Teve aluna que me procurou no privado pedindo material para estudo. Sugeri o que já havia dito aqui: livro didático, moodle, teleaulas e o próprio blog. A cada dia me sinto mais distante da escola. Por outro lado, estou me adaptando melhor aos afazeres da casa, aos meus filhos e a minha rotina de cuidado pessoal. Talvez isso esteja acontecendo também com vocês, por isso tão poucos estão lendo essas postagens. Acho que fica sem sentido escrever para pouquíssimas pessoas lerem. Já tenho vários diários físicos para ajudar a sistematizar meus pensamentos e vários grupos de WhatsApp para trocar ideias. Então resolvi diminuir esses nossos encontros virtuais, salvo se as orientações governamentais mudarem. Postarei de novo somente dia 13/05, quando completaremos dois meses de quarentena. Até lá teremos bastante conteúdo acumulado para analisar e discutir. Para deixar uma sugestão de estudo, segue uma série sobre a vida de Paulo Freire no link abaixo. Espero que assistam e comentem o que acharam e levam para a realidade de vocês.

 Composta por cinco episódios, a série mergulha na vida e o obra do pensador brasileiro que é referência mundial na educação.

https://sesctv.org.br/programas-e-series/paulo-freire/

 
Bons aprendizados a todos.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Ampliação da quarentena, ciência e teleaulas.

Amores,

agora ficaremos até dia 31 de maio sem aulas, podendo ampliar esse período. Para aqueles que ainda têm um pouco de dificuldade para entender a importância desse isolamento, segue um vídeo muito didático e curto para explicar o pensamento e as táticas sanitaristas de blindagem social.



Esse vídeo faz a gente refletir sobre a importância das vacinas e do conhecimento científico para a saúde pública. Espero que esse momento traga luz ao mundo e saiamos mais fortalecidos enquanto seres humanos e sociedade. O conhecimento acumulado precisa ser valorizado para enfrentarmos adequadamente os problemas. Segue outro vídeo com enfoque na questão econômica:


Essa explicação é baseada na teoria do Keynes, economista britânico no começo do séc XX. Esse conteúdo é mais trabalhado no 2º ano, enquanto o do primeiro vídeo dialoga mais com a temática do 1º ano. Porém, ambos elucidam a nossa situação atual e ajudam a fazermos escolhas mais efetivas, baseados em estudos científicos.

Valorizar os estudos é a base para construirmos uma cultura mais preparada para as crises. Assim, façam a parte de vocês. A partir dessa semana começam as teleaulas pela TV Justiça (canal 53.1). As do Ensino Médio serão nas terças e quintas. Segue o link com as informações detalhadas:

http://www.se.df.gov.br/nesta-segunda-secretaria-de-educacao-estreia-na-tv-estudantes-participem/

Quadro geral das aulas

 
Aulas mais voltada a vocês






Temas aulas desta terça-feira.

1ª série EM (Filosofia) – Epicurismo: Carta a Meneceu.


2ª série EM (Língua Portuguesa) – Período simples x período composto, abordando as orações subordinadas.

3ª Série EM (História) – República Velha: República das Espadas e República Oligarquica.


Quero que todas as aulas de humanas que vejam sejam comentadas no caderno de vocês. Digam o que acharam, aprenderam, tiveram dúvidas e o que sugerem. Também podem traçar relações com outros conteúdos aprendidos em aulas e aqui, ou com a vida de vocês. Vou dar o exemplo:

Comecei a assistir hoje as teleaulas com minha filha de 5 anos, meu filho de 10 e um colega dele de 13. A que eu mais gostei foi a da faixa etária infantil. Foi adequado para a Elisa e a estimulou a desenhar e escrever . A de história do Allan foi divertida, mas ele entendeu pouco. Já a para anos finais foi muito chata e arcaica. Acho que poderiam ter aproveitado melhor as tecnologias de informação para ficar mais atrativo. Acabei passando uma redação aos meus filhos sobre a importância da escola. Depois teve dicas de redação para concursos voltado ao público de Ensino médio. Explica o que será avaliado no texto. Competência 1: correção gramatical. Competência 2: compreensão do tema e capital simbólico (argumentos). Competência 3: expressão da opinião de maneira articulada. Competência 4: capacidade de estruturar frases, orações, parágrafos e o texto como um todo (conexão das ideias). Competência 5: capacidade de propor soluções para o problema analisado de maneira coerente. Foi claro e didático. Pode ajudar vocês em seus comentários também. Quanto mais treinarem melhor ficarão. Agora vou fazer o almoço e da casa. Estou tendo pouco tempo para me dedicar ao trabalho e aos meus estudos porque estou sem empregada e com muita gente dependendo de mim. Imagino que vários de vocês também passam pela mesma situação. Os que têm o privilégio de estarem mais livrem aproveitem para se qualificarem  mais. Assim, voltaremos mais fortalecidos como comunidade, trazendo aprendizados novos para trocar e contribuir na reconstrução social.







segunda-feira, 30 de março de 2020

Como estamos? Diálogo e investigação.

Amores,

percebo que há cada vez  menos leitores dessas postagens e fico pensando se está sendo mesmo útil ou se será em um retorno cada dia mais incerto. De qualquer maneira, gosto de escrever porque me mantém conectada com o trabalho e também me organiza emocionalmente. Quando voltarmos, a primeira tarefa que farei é uma discussão sobre o que houve de difícil e de aprendizado para vocês neste período de quarentena. Sugiro que escrevam suas reflexões sobre o panorama social, suas relações, inquietações, toda semana para treinar a escrita e a produção sistemática de conhecimento. Dúvidas e questionamentos também são importantes de serem anotados. Se mantenham em espírito investigador. Essas anotações valerão pontos do portfólio. Desenhos autorais, reportagens analisadas por vocês também valem. Se conseguirem relacionar com os textos que estão no moodle ou trazidos nas aulas anteriores mais valor terá.
Dando exemplo, vou escrever agora um pouco do que tem acontecido comigo nesta quarentena:
Sempre sonhei com um tempo para cuidar de mim, da casa e dos filhos. De ter todos que eu mais amo convivendo comigo sem tantas interferências de estudo, trabalho, festas e outras demandas que me inquietavam todos os dias. Era uma pessoa extremamente produtiva, porém me sentia constantemente ansiosa e exausta. Agora o universo conspirou para esse sonho se realizar, porém estou sendo bem inábil para aproveitá-lo. Percebi que fui treinada a vida toda para o estudo, o trabalho intelectual e resolver problemas na rua. Porém, na infância e adolescência, minhas casas sempre foram desorganizadas, com bastante conflito familiar e pouco engajamento das pessoas na manutenção de um lar saudável. Meus pais e irmãos também se davam muito bem nos estudos e trabalho, mas em casa ficávamos lendo sozinhos ou vendo tv. As conversas eram mais nas horas das refeições e nas festas, coisas que mantive na minha vida adulta. Geralmente falávamos de ciência, política, arte e valores sociais, mas quase nada de sentimentos. Então, agora me vejo em uma casa sem empregada para nos apoiar, com 3 crianças e 6 adultos que ainda estão aprendendo também a lidar com essa situação totalmente nova. O único que está bem o tempo todo é meu marido, por ter um perfil bem pragmático, uma atitude proativa e focada no presente. Ele é o que mais realiza tarefas na casa. Estamos fazendo uma gincana de arrumação do lar e a cada 2 dias contamos os pontos. Ele é sempre o primeiro ou segundo. Eu já oscilo bastante. Tem dias que me sinto motivada e sou muito produtiva. Outros fico depressiva e irritadiça. Nesses dias, preciso caminhar, meditar, fazer atividade física e escrever para aliviar a angústia. Sou uma pessoa responsável, assim sempre faço algo pelo coletivo, mas sou uma companhia pesada para mim e para os outros. Me ressinto muito disso. Estou fazendo terapia on-line também, além de yoga. Portanto, estou olhando de frente para as minhas sombras e aprendendo a lidar com elas. Pelo o que vejo no WhatsApp a sociedade como um todo está passando por isso. Crises e conflitos se forem bem equacionados podem dar saltos de qualidades em nossa existência. Revoluções (Industrial, Francesa, Renascimento) foram feitas assim. Precisamos evoluir em diversos sentidos. Essa evolução passa pela aprendizagem do amor e do cuidado. Olhando nossa história pessoal e coletiva, podemos aprender muito sobre como chegamos até aqui para criarmos alternativas efetivas para realização dos sonhos de todos.

Segue agora um vídeo produzido por estudantes do 1ºJ sobre amor e cuidado:


Eles tiveram essa iniciativa para suprir os eventos referentes a esse tema na primeira semana do projeto cuidar.

Gente, se puderem mandem seus comentários para eu ver como vocês estão. Aceito sugestões também. Porque sem a troca, fica menos motivador continuar fazendo as postagens. Porém, na próxima segunda ainda pretendo escreve.


segunda-feira, 23 de março de 2020

Semana da água, sustentabilidade, conhecimento e cuidado

Amores,

sinto falta dos nossos encontros e sei que essa quarentena será bem maior do que esperávamos. Mas todo aparente mal traz em si coisas boas, se soubermos compreender e aproveitar. Na postagem anterior já coloquei um vídeo otimista sobre o coronavírus, focando na igualdade e fraternidade. Agora quero focar mais na sustentabilidade ecológica e no conhecimento humano  já que a semana passada foi definida por lei como a do cuidado da água.

Lobo mal ou bom?




O momento atual nos impele ao cuidado com a saúde coletiva. O que isso tem a ver com equilíbrio ecológico e sustentabilidade? Segue um vídeo que me ajudou bastante a acalmar minha chateação e ansiedade com a quarentena. Ele traz imagens reais do mundo atual. É curto e contundente:



 https://youtu.be/tJwWfqOhI4g


Os dois vídeos falam da importância do equilíbrio sistêmico e da necessidade de vermos as coisas por outra perspectiva menos maniqueísta e monetarista. Assim, manteremos o nosso planeta mais saudável e melhoraremos nossa qualidade de vida. Segue uma passagem que também segue essa linha de pensamento sobre o cuidado:

  
"E as pessoas ficaram em casa. E leram livros, e escutaram, e descansaram, e se exercitaram, e fizeram arte, e jogaram jogos. E aprenderam novas formas de ser, e ser em quietude. E ouviram mais profundamente. Algumas meditaram, algumas rezaram, algumas dançaram. Algumas encontraram suas sombras. E as pessoas começaram a pensar diferente. E começaram a se curar. E na ausência de pessoas vivendo na ignorância, no perigo, no egoísmo e na inconsciência, a Terra começou a se curar. E quando o perigo passou, e as pessoas se juntaram novamente, elas choraram seus mortos e fizeram novas escolhas, e sonharam sonhos novos e criaram novas formas de viver e de de curar completamente a Terra, da mesma forma que eles haviam sido curados”. 
- Kitty O’ Meara / Deepak Chopra


O problema é que temos dificuldades em parar. Vários indivíduos, em desespero, negam as evidências e se mantém em uma cretinice letal. Mais pessoas morrerão se formos irresponsáveis uns com os outros. Nesse sentido deixo dois trechos que li em redes sociais:

"Essa pandemia coloca em cheque o pensamento anticientífico, que ganhou tanta força nos últimos anos. Mostra a importância de um sistema de saúde pública e universal, a importância das universidades e suas pesquisas, a importância do CNPq e bolsas de fomento. Espero que passemos por essa crise melhores e mais fortalecidos, não enquanto indivíduos mas sim como sociedade. Que se invista mais em ciência, arte e cultura. Precisamos disso na quarentena e em todas as fases da vida." (Meu primo que é autônomo da área de comunicação)

"Há muitos anos, um aluno perguntou à antropóloga Margaret Mead o que ela considerava ser o primeiro sinal de civilização numa cultura. O aluno esperava que Mead falasse a respeito de anzóis, panelas de barro ou pedras de amolar. Mas não. Mead disse que o primeiro sinal de civilização numa cultura antiga era um fêmur (osso da coxa) quebrado e cicatrizado. Mead explicou que no reino animal, se você quebrar a perna, morre. Você não pode correr do perigo, ir até o rio para beber água ou caçar comida. Você é carne fresca para os predadores. Nenhum animal sobrevive a uma perna quebrada por tempo suficiente para o osso sarar. Um fêmur quebrado que cicatrizou é evidência de que alguém teve tempo para ficar com aquele que caiu, tratou da ferida, levou a pessoa à segurança e cuidou dela até que se recuperasse. “Ajudar alguém durante a dificuldade é onde a civilização começa” disse Mead. Estamos no nosso melhor quando servimos aos outros. Se é importante afastar o sentimento de pânico, é igualmente necessário, mais do que nunca, ter consciência coletiva e pensar nos grupos mais afetados. Empatia e compaixão. Vamos orar pelos médicos e enfermeiros, agradecer à natureza por nos dar recursos que fortalecem a nossa saúde quando não há remédio farmacêutico que cure. Que esse período crítico seja uma oportunidade de desacelerar e fortalecer o nosso senso de comunidade. Que assim seja 💙💚💛 " (instagram @precisamosflorescer)


Enfim, estou sofrendo muito nesse período de isolamento, porém aprendendo bastante também. Ficamos bons naquilo que treinamos. Ficaremos ótimos em nos cuidar se nos dedicarmos a isso!
Boa quaresma a todos!
Vou continuar escrevendo nas segundas-feiras porque isso me faz bem, sinto-me conectada e útil.

segunda-feira, 16 de março de 2020

Semana da inclusão e decreto do governador

Estudantes,

na última semana de aula, antes do decreto do governador para suspensão das aulas, trabalhamos vídeos relacionando inclusão com temas trabalhados anteriormente. Também teve um mini fórum sobre inclusão que foi bem legal. Tivemos na mesa de debatedores um professor de deficientes visuais cego, um funcionário público com subvisão,  um ex-aluno que teve diversos transtornos acompanhado pelo apoio pedagógico, outro ex-aluno atendido pela sala de recursos, uma mãe de criança com síndrome de Down e uma funcionária da limpeza com deficiência auditiva. Cada um teve 5 min para contar sua experiência e depois responderam perguntas da plateia. O auditório de manhã estava cheio e atento. Me emocionei. Percebi um aumento da empatia e o fortalecimento da comunidade. Era para aproveitarmos isso na reunião de construção do PPP da escola que seria amanhã, porém com a quarentena do coronavírus ela foi cancelada, assim como o fórum da semana da água que seria nesta sexta. Fiquei bem triste com a situação. Parar o bimestre no meio, sem planejamento, é bem desgastante para mim. Gosto do meu trabalho e vejo importância nele. Além disso, sei que ficaremos sobrecarregados quando voltarmos, pois teremos de repor esses dias. Porém, entendo que a situação realmente exigia isso, pois saúde pública é prioridade. Sugiro que aproveitem para ler os textos do moodle e fazer os exercícios. Além disso leiam os capítulos dos livros didáticos e façam os exercícios. Isso deixará o semestre mais leve quando voltarmos. Se tiverem dúvidas podem perguntar aqui, que uma vez por semana olharei e responderei. Para dar o exemplo, continuarei escrevendo toda segunda-feira de modo a auxiliar e orientar os estudos de vocês.  Estamos juntos nessa! Abaixo coloco vídeos importantes que serão cobrados na VG, além das fotos do nosso evento:


IAN:


FLOAT:




ILHA DAS FLORES (2º ano)


CORONA E INTEGRAÇÃO



MINI FÓRUM DA INCLUSÃO: 










segunda-feira, 9 de março de 2020

Semana da mulher

Amores,

comecei a semana passada muito cansada, achei até que estava com dengue, mas era só exaustão mesmo. As aulas de segunda e terça foram focadas na discussão dos resultados das entrevistas, nas quais as relações com o conteúdo foi superficial pelo meu estado letárgico. A partir de quarta, foram basicamente exibição de filmes, avaliação de cadernos e algumas explicações sobre contextos e eventos. Apesar de achar um pouco repetitivo e superficiais os comentários da maioria dos cadernos, fiquei feliz de muitos estarem envolvidos em escrever e fazer as tarefas. Na sexta-feira de manhã exibi o filme "A Revolução em Dagenham" para 50 alunos, que valerá décimos para o projeto cuidar. O roteiro trata de uma história verídica de trabalhadoras da Ford em Dagenham- Inglaterra, que lutaram pela igualdade de salários e ajudaram outras mulheres a fazerem o mesmo. Terminei a semana bem empolgada e fortalecida pelo envolvimento de vocês no filme e debates.


  Eu tenho o DVD completo, mas na internet só consegui trechos que coloquei abaixo. Em 2018 tenho mais trechos desse filme que não consegui colocar aqui desta vez. Se quiserem pesquisar neste blog será interessante. Nesta semana, faremos debates em aula relacionando todos os filmes, aulas e outras temáticas que colocarei ao final da postagem. Em seguida colocarei algumas questões para nortearem a reflexão e o debate das próximas aulas:






Roteiro de questões filme Revolução em Dagenham

1) Que relações podem ser traçadas entre esse filme e os outros vistos em sala?

2) Quais os argumentos contrários às reivindicações das mulheres e como foram contrapostos?

3) Quais as dificuldades e apoios que as mulheres tiveram para avançar em sua luta?

4) Atualmente as mulheres enfrentam problemas parecidos? Recebem críticas às suas reivindicações da mesma maneira? Justifique com exemplos.

5) Em que medida esse filme nos empodera para novas conquistas de direitos?


Os filmes passados em sala de aula e que continuarão a ser exibidos nas aulas de Português, possuem assuntos específicos de cada série, mas têm a temática da mulher abordada secundariamente, devendo ser relacionada na discussão. Todos esses filmes cairão na VG.

Para os Segundos anos eu passei o filme "Os miseráveis". As 3 turmas tiveram uma postura atenta e curiosa. A obra de Victor Hugo é realmente marcante, por isso esse roteiro foi tão refeito em filmes, peças, desenhos, quadrinhos...  Ele trata do contexto material e ideológico da Revolução Francesa. Tanto o livro quanto o filme são obras românticas. O romantismo dialoga muito com o iluminismo. Além disso, trata questões de exclusão e preconceito muito analisada por nós. A questão das injustiças com o marginalizado e a mulher é central no trecho que passo a vocês. Segue abaixo roteiro de questões que auxiliará a reflexão e o debate nas aulas desta semana:

Roteiro para análise do filme OS MISERÁVEIS:

1) Por que a obra tem esse título? Qual a posição do autor frente essa questão?

2) A bandeira iluminista "liberdade, igualdade e fraternidade" é trabalhada de que maneira no roteiro? De exemplos da própria narrativa para cada um dos princípios.

3) A partir do que vimos nos filmes e textos anteriores explique detalhadamente o por que de haver tantos miseráveis naquela época.

4) Relacione a história da Fantini com o dia internacional da mulher e o filme Revolução em Dagenham. Quais as injustiças, enfrentamentos e conquistas ocorreram?

5) Qual o papel do padre nessa história? O que ele tem a ver com a perspectiva do romantismo para a superação dos problemas sociais e individuais?

6) Jean Val Jean se torna um empresário de sucesso e um bom homem, caridoso e correto. Por que então demitiu Fantini? O que isso pode ser relacionado com o filme "Ilha das Flores"? Como se redime do seu erro? Como podemos nos redimir dos nossos?

7) Javer é o antagonista, mas é uma pessoa correta e temente a Deus. Por que ele persegue o herói? O que isso tem a ver com a discussão de "O estado sou eu" no livro Capitalismo para principiante? O que podemos aprender com o erro desse inspetor? 


Esse último vídeo é de outra versão de Os Miseráveis, mas a história é a mesma.


Para as turmas de primeiro ano comecei o filme "Escritores da Liberdade", também baseado em fatos reais. O foco do roteiro está no poder do conhecimento para a superação do racismo, discriminações, violência. Mas vários detalhes e temáticas entram no discurso. Segue roteiro para auxiliar na reflexão e discussão:

ROTEIRO FILME: ESCRITORES DA LIBERDADE

1) O que achou do filme? Tem a ver com a sua realidade? Justifique.
2) Que relações podemos traçar entre os outros filmes e eventos ? Indique diferenças e semelhanças.
3) Quais os conflitos e dificuldades que apareceram? Como foram superados?
4) Analise o papel do professor, da leitura e da escrita na evolução social dos jovens.
5) Identifique as cenas onde há os seguintes temas e explique :  OPRESSÃO CULTURAL, PRECONCEITO, DISCRIMINAÇÃO, QUEBRA DE PARADIGMAS, APRENDER COM A ALTERIDADE, DIVERSIDADE, SENSO CRÍTICO, DIÁLOGO, TRANSFORMAÇÃO.
6) Do que os filmes falam de trabalho em equipe e em que eles podem nos auxiliar a fazermos melhores trabalhos de grupo neste bimestre?
7) Aparece violência contra a mulher? Detalhe e discuta.











Enfim, na próxima aula trabalharemos as relações de tudo o que vimos até aqui e apresentarei a temática da INCLUSÃO, tema definido por lei para esta semana. Também falarei do concurso de redação do SINPRO sobre o papel do professor. Espero que seja um ótimo debate e que a compreensão coletiva aumente.