Estudantes,
comecei a semana muito triste e desanimada com minha profissão. Acho que a semestralidade tem qualidades, mas sinto que seu principal defeito aparece mesmo no segundo semestre. Estão todos meio cansados, o calor é mais forte e as pessoas já desenvolveram idiossincrasias e simpatias. Tudo isso dificulta a vinculação com as turmas do segundo bloco que o professor pega. Além disso, acredito que o acirramento das disputas ideológicas na internet, por conta do período eleitoral, também deixam as pessoas mais nervosas. Também tem o fato da cultura digital está cada vez mais alienando os jovens do estudo, da leitura, da escrita e do convívio presencial respeitoso. Na segunda, resolvi trabalhar com jogos para aliviar a tensão e fazer uma revisão de conteúdo diferente. Ainda assim, as pessoas foram um tanto agressivas e desatentas do aprendizado. Na terça começaram as VEs e o desânimo era quase mortal. Quando entregava revistas e livro para ler, muitos preferiam olhar para o teto do que ampliar seu capital simbólico. Mesmo tendo vários que gostaram, aprenderam e até pediram para repetir, ou levar livros para casa, sinto muito por aqueles perdidos.
Apesar disso tudo, a Semana Universitária da UnB, reavivou minha esperança na juventude e na educação. Na quarta, fomos ao ICS ver o Museu Histórico Arqueológico onde a professora Rosângela da Faculdade de Educação, o professor Roberto Cardoso diretor do Departamento de Antropologia e o antropólogo Roque Laraia (um dos mais antigos do Brasil) nos receberam com muita consideração e informações dentro do nosso conteúdo (antropólogos, o papel das ciências sociais, aprendizado com a alteridade, o valor do conhecimento, a conexão com a natureza e a sustentabilidade). Os 23 adolescentes do nosso colégio foram atenciosos e curiosos. Me deram orgulho! Voltei a acreditar em vocês. Seguem algumas fotos:
Na sexta-feira, tivemos um encaixe para a cirurgia de adenoide das minhas crianças e acabei não podendo dar o retorno das provas. Apenas uma aluna do 2º I gabaritou e ganhará Ferreiro Roche dessa vez. Parabéns, Camila Brito Borges! Meus estagiários assumiram as turmas do dia, com a minha supervisão, e continuarão passando os filmes e estudos dirigidos enviados por mim nesta semana. Espero que sejam gentis e atenciosos, pois são futuros professores em formação e estão fazendo isso por amor e dedicação. Estarão me enviando por escrito tudo o que for feito em aula para minha avaliação. Conto com a colaboração de todos para eu poder cuidar dos meus filhos tranquilamente. As cirurgias correram bem, mas o risco de hemorragias permanece por 10 dias após o procedimento. Por isso, tenho que estar junto evitando que corram, pulem, gritem ou comam algo inadequado. A seguir fotos no hospital:
Vamos lá!
Acredito em um livro como creio nos sonhos ,
dedico-me à troca de pensamentos como às pessoas que amo
dedico-me à troca de pensamentos como às pessoas que amo
domingo, 30 de setembro de 2018
domingo, 23 de setembro de 2018
Trabalhos e revisão para a VE
Boa noite.
Essa semana foi intensa e cansativa para mim. Começou com as apresentações em grupo, nas quais a maioria teve muita dificuldade de entender ou executar o que eu tinha pedido. Fiquei bastante frustrada e isso tomou muito tempo de elaboração mental minha para entender os motivos do baixo rendimento e reorientar ações futuras. Fico realmente mexida quando minhas aulas ficam chatas ou difíceis. Além disso, a dispersão e agressividade dos alunos aumentou nos últimos dias, talvez pelo calor ou pelo fim de bimestre. Esse mês de leitura e aprofundamento do conteúdo acadêmico mais duro sempre estremeceu minha relação com os estudantes. Filmes e dinâmicas geralmente são melhores para nos entendermos, porém ler, escrever, produzir em grupo e fazer provas são habilidades muito cobradas em nossa sociedade e tenho que instrumentaliza-los nesse ponto também. Nas minhas elaborações, sofri, mas tive boas ideias para aulas futuras e minha esperança com autoconfiança está voltando. Alguns eventos dessa semana me ajudaram nesse processo: o cine debate "Ser tão Velho Cerrado" da UnB na quarta, o festival de cinema brasileiro, a exposição "Eu Leitor" e as aulas de sábado. Atividades culturais costumam me ajudam a pensar alternativas criativas para problemas que a princípio me parecem sem solução, por isso estimulo todos a se engajarem nessas atividades e ainda dou décimos extras. Sou muito grata por nossa troca, pois sinto que a cada dia cresço um pouco mais.
Abaixo colocarei as revisões para as provas, de modo a facilitar ao máximo para vocês que são dedicados e buscam ler as postagens. Também colocarei o roteiro para o projeto de pesquisa individual dos primeiros anos, que já enviei por WhatsApp mas pode ajudar mais alguns o fato de estar aqui. Desejo bons estudos, provas e trabalhos a todos.
REVISÃO VE 1º ANO:
Os trabalhos podem ser manuscritos ou digitados, mas têm que ser autorais, ou seja, feitos pelo próprio estudante. Cópias de colegas ou da internet, mesmo reduzidas, serão desconsideradas na avaliação. Se quiserem citar algum autor ou trecho escrito, devem usar "aspas" e ter a indicação da fonte logo após a citação. Sem esse procedimento, será considerado plágio e zerada a nota.
Essa semana foi intensa e cansativa para mim. Começou com as apresentações em grupo, nas quais a maioria teve muita dificuldade de entender ou executar o que eu tinha pedido. Fiquei bastante frustrada e isso tomou muito tempo de elaboração mental minha para entender os motivos do baixo rendimento e reorientar ações futuras. Fico realmente mexida quando minhas aulas ficam chatas ou difíceis. Além disso, a dispersão e agressividade dos alunos aumentou nos últimos dias, talvez pelo calor ou pelo fim de bimestre. Esse mês de leitura e aprofundamento do conteúdo acadêmico mais duro sempre estremeceu minha relação com os estudantes. Filmes e dinâmicas geralmente são melhores para nos entendermos, porém ler, escrever, produzir em grupo e fazer provas são habilidades muito cobradas em nossa sociedade e tenho que instrumentaliza-los nesse ponto também. Nas minhas elaborações, sofri, mas tive boas ideias para aulas futuras e minha esperança com autoconfiança está voltando. Alguns eventos dessa semana me ajudaram nesse processo: o cine debate "Ser tão Velho Cerrado" da UnB na quarta, o festival de cinema brasileiro, a exposição "Eu Leitor" e as aulas de sábado. Atividades culturais costumam me ajudam a pensar alternativas criativas para problemas que a princípio me parecem sem solução, por isso estimulo todos a se engajarem nessas atividades e ainda dou décimos extras. Sou muito grata por nossa troca, pois sinto que a cada dia cresço um pouco mais.
Abaixo colocarei as revisões para as provas, de modo a facilitar ao máximo para vocês que são dedicados e buscam ler as postagens. Também colocarei o roteiro para o projeto de pesquisa individual dos primeiros anos, que já enviei por WhatsApp mas pode ajudar mais alguns o fato de estar aqui. Desejo bons estudos, provas e trabalhos a todos.
REVISÃO VE 1º ANO:
Atualmente, a Antropologia, e as Ciências Sociais em geral, contribuem na reflexão das regras tidas como
óbvias e naturais. Devem ser seguidas? A quem serve isso? Para quê? Existe mesmo uma evolução humana? Quem define seus critérios?
O evolucionismo eurocêntrico
foi hegemônico na primeira fase da Antropologia Brasileira, mas a
partir de 1930 começou a ser questionado e hoje é combatido. Nossa
cultura é diversificada e mutante, portanto os estudos
antropológicos espelham isso, assim, as fases da Antropologia
brasileira trazem visões dispares, o que fica evidente a ausência
de verdades universais.
No começo acreditava-se em uma história
única do Brasil, o estereotipando. Houve hegemonia europeia ou
norte-americana nas primeiras fases, porém a produção atual é
múltipla e de grande alcance, contém vozes anticolonialistas e
afirmativas. O pós-modernismo e o pós-colonialismo antropológico
discutem a autoridade etnográfica, que antes era tida como
inquestionável e única a produzir conhecimento válido. A observação participante, proposta
por Malinowsk, busca compreender o diferente se colocando no lugar
dele, diminuindo assim a distância da autoridade etnográfica. Para
falar sobre o outro é preciso fazer o exercício da alteridade,
evitando assim o aprisionamento dele
em estereótipos, ainda que bem-intencionados.
Dialogar e
fazer junto com o outro permite maior aprendizado e empoderamento de
ambas as partes. Compreender padrões diferentes permite
desnaturalizar os nossos e termos mais escolhas.
O estruturalismo e o
funcionalismo questionavam o aspecto histórico do evolucionismo,
focando no retrato do agora. Usavam a comparação para entender as
diferenças ou para identificar semelhanças, como o evolucionismo,
mas sem se preocupar com a evolução histórica dos povos. Buscavam
entender as diferentes estruturas sociais e as funções dos sujeitos
e objetos nelas. Durkheim era um funcionalista que influenciou muito
as ciências sociais. Outros
autores influenciados por ele, encontraram elementos comuns a
todas as culturas como Mauss e Lévi-Strauss. Para Marcel Mauss, a
aliança baseada na troca é o fundamento de qualquer sociedade.
Lévi-Strauss justifica o tabu do incesto, presente em todas as
sociedades, como troca social.
Para Franz Boas, a cultura é
como uma lente que filtra nossa percepção do mundo, questionando a
visão evolucionista. O Relativismo de Franz Boas
(norte americano), influenciou Gilberto Freire que defendeu a
democracia racial (2ªfase da antropologia brasileira). A
miscigenação, mal vista até 1930, foi depois valorizada como
superação do racismo. Jorge Amado, escritor brasileiro do mesmo
período, se mostra favorável ao sincretismo cultural como base da
identidade brasileira. No documentário sobre sua vida, vimos outras visões diferentes do autor, como a do padre e a da mãe de santo, mas que são respeitadas. Basicamente o filme reforça a importância da diversidade inclusive de ideias, e questiona o racismo reproduzido ainda hoje por meio de piadas e
o padrão de beleza racista. Como exemplo, a canção cujo refrão começa com “o
teu cabelo não nega mulata” é racista e machista. A partir da década de 1960, na 3ª fase da
antropologia brasileiras, pesquisas quantitativas questionam o mito
da democracia racial. O racismo biológico do sec.XIX, é transmutado em cunho social, se mantém em grande medida até hoje. Nessa fase estudou-se os
processos de aculturação. Aculturação significa perda cultural ou
assimilação de uma cultura por outra dominante. No entanto, a história mostra
que nem sempre grupos menores são assimilados totalmente por grupos de maior
número. O conceito de etnicidade surge para pensar os grupos que se mantém em
contraposição à etnia dominante. Para Geertz, a cultura é um
conjunto de códigos simbólicos dinâmico, ou seja, que muda. Nesse sentido, uma cultura pode sobreviver
mesmo se apropriando de elementos culturais de outros povos. Por isso, os índios podem continuar com sua cultura e identidade, mesmo quando usam os instrumentos tecnológicos dos brancos, assim como nós continuamos brasileiros a despeito de assimilarmos coisas de outros países.
A Antropologia e as
outras ciências sociais, servem para questionar o óbvio e as regras
sociais. Nossas identidades são desenvolvidas a partir do meio em
que vivemos e das nossas escolhas. Políticas eugênicas no Brasil
influenciaram no que somos hoje, mas podemos reorientá-las. Essa
finalidade das Ciências Sociais de desnaturalizar os padrões
repetidos inconscientemente, nos leva a analisar atentamente
elementos do nosso cotidiano. Os
estudos de
Margaret
Mead
ajudaram
a desnaturalizar padrões sociais, principalmente de gênero. Os estudos relativistas mostraram que até as culturas tidas como “avançadas” constroem tipos padrões e
estereótipos. Os paradigmas são
construídos socialmente e muitas vezes trazem dominações
implícitas. Isso explica porque muitas pessoas acham que a mulher tem uma tendência
natural inquestionável para casar e o homem para a violência, mesmo sendo construções históricas e
sociais bastante claras quando analisamos a diversidade cultural. Sendo tudo construído com influências sociais, inclusive a ciência, a neutralidade é impossível, pois somos influenciados pelo meio e
o influenciamos. Mesmo assim, o cientista deve procurar fazer uma
análise responsável, de modo a produzir algo para além da mera
opinião que já tem. O antropólogo deve dialogar com experiências
distintas, buscando e respeitando a alteridade. Jamais suas respostas
científicas serão a verdade única, última, inquestionável ou
imutável. Ela será uma verdade contextual, útil a determinado
contexto. Por outro lado, o recurso de estranhar o conhecido,
desconstrói analiticamente preconceitos do senso comum. Isso pode
ser útil a qualquer um que quiser ampliar sua percepção da
realidade. Métodos sistemáticos para testar hipóteses podem ser
muito úteis ao cidadão comum. Projetos de pesquisa no ensino médio
devem servir para muito além da mera expressão da opinião
cotidiana dos alunos. Esses precisam se apropriar do rigor
metodológico da antropologia urbana, que estuda temas próximos ao
pesquisador. Dessa forma, estranhar é bom, por
isso devemos ter contato e aprender a trabalhar com quem pensa diferente de nós.
REVISÃO PARA A VE do 2º ANO
No 2º ano
aprofundamos a questão "Onde Estamos?". O enfoque principal é o econômico,
no qual o autor clássico Karl Marx é proeminente, mas também tratamos as
estruturas sociais pelas perspectivas de Émile Durkheim e Max Weber. Marx, Weber e Durkheim analisam a mesma estrutura
social (moderna/capitalista), mas em localizações sociais diferentes. Os
autores clássicos da Sociologia produziram conceitos e soluções em linha
ideológica bem distintas. Em ciências sociais há olhares tão diversos quanto a
complexidade social existente permite. Para Karl Marx, a dialética parte
da prática, do material, e é permeada de conflitos por conta da estrutura
social desigual e contraditória. Para Durkheim, vivemos em um mundo de
solidariedade orgânica, mais diverso e evoluído. Para Weber, é importante
compreendermos o sentido que cada sujeito dá a sua ação social. A comparação
entre estruturas e perspectivas diferentes é um recurso importante nas ciências
sociais para identificar os elementos estruturantes de nossa sociedade. A
análise histórica dos fenômenos sociais também nos auxilia a entender como
chegamos até aqui, enxergando tanto o que reproduzimos quanto como conseguimos
transformar. A história elucida aspectos estruturantes tanto do nosso modo de
produção quanto da ciência que o analisa. A Sociologia nem sempre existiu em
todas as sociedades. Ela significa mais do que pensar o social. Qualquer ser
humano faz isso, sem precisar desta disciplina. A Sociologia é uma ciência
moderna ocidental, formada a partir do mesmo processo do capitalismo. Estuda
sistematicamente as contradições sociais para propor tecnologias que as
equacione.
.
Nesse
bimestre demos um peso maior à teoria marxista que é a primeira em termos
cronológicos, mas aprofundada somente no segundo ano por causa do seu enfoque
econômico:
Apresentamos 4 modos de produção (maneira como
cada sociedade se estrutura para produzir os bens e serviços materiais e
simbólicos necessários à uma sobrevivência e reprodução). O mais antigo é o
comunitário (sociedades tribais), no qual não havia desigualdade econômica. A
propriedade privada dos meios de produção marca a desigualdade nos outros modos
(escravismo, feudalismo e capitalismo). Segundo Marx, ela deve ser extinta de
modo a ocorrer evolução social. Como nem sempre houve ricos e pobres em todas as sociedades, a igualdade é
vista como um ideal prático a ser perseguido e reconquistado. Nessa
perspectiva, o capitalismo é analisado, desnaturalizado e questionado desde
suas origens, para que seja superado. A revolução industrial marca a
consolidação do capitalismo, a hegemonia do assalariamento. Para que fosse
possíveis as revoluções modernas, foi necessário uma "acumulação primitiva
de capital" feita pelos europeus explorando sociedades tribais, que eram
chamadas de primitivas por eles como forma de dominação ideológica. Essa "acumulação
primitiva de capital", fundamental para o surgimento do capitalismo,
acontece principalmente com os “descobrimentos” e o decorrente período do
Mercantilismo. Os reis e a Igreja posicionaram-se a favor das colonizações,
tendo inclusive importante papel ideológico, legitimando os interesses
burgueses da época. Dessa maneira, participamos do capitalismo desde o seus
primórdios, mas de maneira periférica, como explorados. Assim, a América Latina e a África cumpriram
papel relevante para a revolução industrial na Europa e o decorrente
capitalismo. A exposição EX
ÁFRICA no CCBB, evidencia elementos da colonização e imperialismo sofridos,
desde os primórdios do capitalismo até os dias atuais.
Um elemento estruturante do
capitalismo é a premente necessidade de expansão. Estabelece sistema dinâmico e
competitivo, onde a tecnologia evolui rapidamente, juntamente com a
desigualdade. Marx dizia que evolução dos fatores de produção tende a
aumentar as contradições e conflitos. Em sociedades capitalistas, a tecnologia
tende a aumentar o exército industrial de reserva. O aumento da mais valia,
principalmente a relativa, acarreta crises recorrentes no capitalismo. Assim, As crises, juntamente como a mais
valia e o exército industrial são estruturais no capitalismo. Um exemplo
para entender elementos estruturais foi o filme "Conterrâneos Velhos de
Guerra". O desemprego
estrutural foi fundamental na construção de Brasília nas condições ocorridas ("fazer
50 anos em 5"). A mais valia ficou evidente durante, mas
principalmente depois da construção da capital, onde os trabalhadores foram
expulsos da própria cidade que construíram. Portanto, mesmo havendo intenções
de inovação social dos gestores da época, Brasília
jamais significou um rompimento total e definitivo com as estruturas e relações
sociais anteriores. Isso ocorre porque as pessoas pensam a partir do que vivem
e as "soluções" para os problemas são dadas se repetindo o padrão
aprendido. A colonização da África, o imperialismo e as guerras, foram
“soluções” dadas pelo capitalismo para as primeiras crises de superprodução.
Esse tipo de expansão dominadora é recorrente, mas chega um momento em que os
recursos exaurem e respostas completamente novas são exigidas. Uma solução
apontada para as crises de superprodução seria a distribuição de renda, o que,
historicamente, na maioria das vezes não ocorreu. Projetos de transferência de renda
feitos pelo Estado, como o bolsa família, nos governos do Lula e da Dilma,
foram também aplicados em países europeus após a 2ª guerra mundial. Isso ajudou
esses países a desfrutarem em alguns anos de um estado de bem estar social. No
entanto, liberalistas econômicos entendem que essas iniciativas são
necessariamente prejudiciais à sociedade brasileira. Para eles a intervenção estatal deve ser mínima,
preservando basicamente a ordem social vigente. O liberalismo econômico é antagônico ao
socialismo, como a direita e a esquerda política.
Enfim, Marx via as contradições e
conflitos como propulsoras das transformações e evoluções. Em sociedades
desiguais a tecnologia tende a aumentar as contradições e o conflitos de
classes. Por outro lado, as ideologias, construídas em bases materiais, tendem
a naturalizar a ordem vigente e conservá-la. A ideologia de que "crises
acontecem simplesmente porque algumas pessoas não sabem gerir os bens públicos",
tende a individualizar o problema saindo do âmbito das ciências sociais, que só
estudam fatos sociais (gerais, exteriores e coercitivos). Essa é uma ideia
muito frequente no senso comum, mas pode atrapalhar a compreensão científica da
estrutura social e soluções alternativas. Então, a dominação se mantém
utilizando instrumentos ideológicos, como mostrado no filme "Matrix".
A TV geralmente nos estimula o individualismo, a competição e o consumismo.
Ela se sustenta com anúncios publicitários, estando mais a serviço do mercado
do que das pessoas. O filme Ilha das Flores faz críticas ao sistema capitalista
documentando a desumanização e a alienação dele. Traz contradições de forma
irônica, assim como o livro capitalismo para principiantes. Coloca a igreja
católica e a escola como instrumentos ideológicos, jamais como redentoras dos
descaminhos humanos. No filme Tempos Modernos, vimos que a desumanização ocorre
a partir da organização do trabalho. O fordismo aumenta a produtividade, mas
aliena o trabalhador da reflexão em seu labor. Ao ser expropriado da reflexão
sobre seu fazer, o operário é alienado da transformação. O ser humano
transforma por ser capaz de fazer a relação dialética entre teoria e prática.
Exemplo do gabarito para as VEs de Sociologia das duas séries
GABARITO
Os números de
1 a 15 são
referentes às questões e as letras de a
até e são referentes às
sequências de v e f correta para cada questão. Marque somente uma letra
correta para cada questão de acordo com o padrão a seguir:
a) vvv b)
fff c) fvv d) vfv e) vvf
1
|
2
|
3
|
4
|
5
|
6
|
7
|
8
|
9
|
10
|
11
|
12
|
13
|
14
|
15
|
A
|
a
|
a
|
a
|
a
|
a
|
a
|
a
|
a
|
a
|
A
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a
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a
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A
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B
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b
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b
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b
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b
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b
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B
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b
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b
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B
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C
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c
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c
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c
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c
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c
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c
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C
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C
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D
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d
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d
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d
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d
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d
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d
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D
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d
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E
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e
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e
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e
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e
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e
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PROJETO DE PESQUISA INDIVIDUAL 1º ANO (1,5 para o 4º bimestre)
PROJETO
DE PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS
CAPA: faça por último,
quando o trabalho já estiver pronto (0,1)
(Em
cima na página) : Nome da escola ; Nome da disciplina, da professora
(no
centro da página): Título do trabalho (original)
(em
baixo na página): Nome completo do estudante , número e turma; Data
INTRODUÇÃO
(0,3)
1)
Escolha 1 tema que lhe interesse muito, ao qual
tem vontade de se dedicar o próximo bimestre todo em pesquisas e
debates. Atenha-se apenas no que lhe atrai, sem pedir sugestões dos
colegas. Provavelmente o primeiro tema que lhe vem a cabeça é o que
mais lhe inquieta. Escreva o por que este tema lhe interessa.
Seja sincero e reflexivo. Pensar profundamento no porquê esses temas
lhe atraem ajuda a se conhecer melhor e facilitará sua pesquisa.(um
parágrafo)
2)
Qual poderia ser a relevância (importância social) de
estudar esse tema? Para quê poderá servir os resultados
dessa pesquisa. Refletir sobre a utilidade do estudo lhe deixará
mais motivado, pois eleva o prestígio social do trabalho e terá
mais chance de ser escolhido para ser o projeto da turma. (Um
parágrafo)
3) Pense em um problema de pesquisa que delimite bem o que
você quer saber. Faça uma pergunta, relacionando pequenas
perguntas, para deixar claro o que realmente lhe interessa descobrir
e irá pesquisar. (um parágrafo)
REFERENCIAL
TEÓRICO (0,6)
1) O
que foi visto nesta disciplina de Sociologia que ajuda a entender
melhor este problema de pesquisa? Esse será o referencial teórico
inicial do seu projeto. Relacione sua questão central com o
que aprendeu nas aulas, oficinas, nos vídeos vistos, na leitura do
livro didático. Se precisar pode utilizar outras leituras
relacionadas à área de humanas. (3 parágrafos)
2)
Faça uma pesquisa na internet pegando 3 textos diferentes
acerca do problema de pesquisa. Esses textos devem ter referência
(site e data visitada) e apresentarem visões opostas ou, pelo menos,
distintas entre si acerca da questão central que você formulou.
Sintetize os pontos principais da argumentação dos 3 textos.
( 3 parágrafos)
CONCLUSÃO
(0,4)
1)
Pondere os diferentes argumentos encontrados, tentando
observar o que eles tem de verdade e de distorções. Em que
contextos estão certos e em que contexto são considerados errados e
por que. (1 parágrafo)
2) A
partir do referencial teórico e de suas experiências pessoais,
formule uma hipótese respondendo o problema de pesquisa.
Observe em quanto os textos verificaram ou falsearam sua hipótese.
O quanto eles ampliaram sua visão. (1 parágrafo)
3)
Expresse o quanto aprendeu com este trabalho. As dificuldades
e alegrias que vivenciou.(1 parágrafo)
4)
Proponha ações futuras, seja para a pesquisa, a escola, a
disciplina ou a sociedade a partir das reflexões e aprendizados
desta etapa de pesquisa. (1 parágrafo)
BIBLIOGRAFIA:
(0,1) todas as fontes utilizadas em ordem alfabética e
com data de publicação (livros e filmes) e de visitação (em caso
de sites) .
ANEXOS:
colocar os textos analisados da internet como cópia impressa ao
final de todo o trabalho (opcional)
ATENÇÃO:
Os trabalhos podem ser manuscritos ou digitados, mas têm que ser autorais, ou seja, feitos pelo próprio estudante. Cópias de colegas ou da internet, mesmo reduzidas, serão desconsideradas na avaliação. Se quiserem citar algum autor ou trecho escrito, devem usar "aspas" e ter a indicação da fonte logo após a citação. Sem esse procedimento, será considerado plágio e zerada a nota.
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