estou postando mais cedo nesta semana porque viajarei amanhã de tarde para o Guarujá. Estarei de abono na segunda e na terça, por isso coloquei abaixo o exercício que será passado em sala pela direção. Essa viagem vai me ajudar a descansar, melhorar minha voz e as dores de cabeça que tive quase todo dia nesta semana. Nessa semana tive que usar bastante a voz para expor a revisão para a VG. Além disso, fiquei frustrada em algumas turmas em perceber que vários ficam desconcentrados e fechados à desnaturalização de ideologias arraigadas. A que mais me incomoda é a ideia de que é impossível melhorar algo que consideramos ruim. Venho mostrando tantas mudanças que ocorreram ao longo dos séculos e décadas que nos permitiram estar em uma condição melhor. Elas só ocorreram porque pessoas acreditaram ser possível e se união. Isso o que espero de nós. Por isso apoio os projetos de vocês e de outros de fora que propõem coisas para nossa escola. Nesse sentido, tivemos a palestra sobre água e sustentabilidade, que foi ótima, apesar de ter poucos estudantes (cerca de 60). Os estudantes da UnB prepararam muito bem a exposição com excelente material visual. Fizeram dinâmica, estavam abertos às dúvidas e de ao debate. Mais da metade da plateia estava atenta e educada, mesmo assim me chateia os poucos que foram deselegantes. Fico muito feliz por um lado e desanimada por outro. Preciso recarregar as energias para conseguir na batalha por um mundo melhor.
obs: No final da postagem coloquei o gabarito da VG na minha parte.
CARTA ENCÍCLICA - PAPA LEÃO XIII
A sede de inovações, que há muito tempo se apoderou das
sociedades e as tem numa agitação febril, devia, tarde ou cedo, passar das
regiões da política para a esfera vizinha da economia social. Efectivamente, os
progressos incessantes da indústria, os novos caminhos em que entraram as
artes, a alteração das relações entre os operários e os patrões, a influência
da riqueza nas mãos dum pequeno número ao lado da indigência da multidão, a
opinião enfim mais avantajada que os operários formam de si mesmos e a sua
união mais compacta, tudo isto, sem falar da corrupção dos costumes, deu em
resultado final um temível conflito.(...)
Causas do conflito 2. Em todo o caso, estamos persuadidos, e todos concordam nisto, de que é necessário, com medidas prontas e eficazes, vir em auxílio dos homens das classes inferiores, atendendo a que eles estão, pela maior parte, numa situação de infortúnio e de miséria imerecida. O século passado destruiu, sem as substituir por coisa alguma, as corporações antigas, que eram para eles uma protecção; os princípios e o sentimento religioso desapareceram das leis e das instituições públicas, e assim, pouco a pouco, os trabalhadores, isolados e sem defesa, têm-se visto, com o decorrer do tempo, entregues à mercê de senhores desumanos e à cobiça duma concorrência desenfreada. A usura voraz veio agravar ainda mais o mal. Condenada muitas vezes pelo julgamento da Igreja, não tem deixado de ser praticada sob outra forma por homens ávidos de ganância, e de insaciável ambição. A tudo isto deve acrescentar-se o monopólio do trabalho e dos papéis de crédito, que se tornaram o quinhão dum pequeno número de ricos e de opulentos, que impõem assim um jugo quase servil à imensa multidão dos proletários.
A solução socialista
3. Os Socialistas, para curar este mal, instigam nos pobres o ódio invejoso contra os que possuem, e pretendem que toda a propriedade de bens particulares deve ser suprimida, que os bens dum indivíduo qualquer devem ser comuns a todos, e que a sua administração deve voltar para - os Municípios ou para o Estado. Mediante esta transladação das propriedades e esta igual repartição das riquezas e das comodidades que elas proporcionam entre os cidadãos, lisonjeiam-se de aplicar um remédio eficaz aos males presentes. Mas semelhante teoria, longe de ser capaz de pôr termo ao conflito, prejudicaria o operário se fosse posta em prática. Pelo contrário, é sumamente injusta, por violar os direitos legítimos dos proprietários, viciar as funções do Estado e tender para a subversão completa do edifício social.(...)
A propriedade particular
4. De facto, como é fácil compreender, a razão intrínseca do trabalho empreendido por quem exerce uma arte lucrativa, o fim imediato visado pelo trabalhador, é conquistar um bem que possuirá como próprio e como pertencendo-lhe; porque, se põe à disposição de outrem as suas forças e a sua indústria, não é, evidentemente, por outro motivo senão para conseguir com que possa prover à sua sustentação e às necessidades da vida, e espera do seu trabalho, não só o direito ao salário, mas ainda um direito estrito e rigoroso para usar dele como entender. Portanto, se, reduzindo as suas despesas, chegou a fazer algumas economias, e se, para assegurar a sua conservação, as emprega, por exemplo, num campo, torna-se evidente que esse campo não é outra coisa senão o salário transformado: o terreno assim adquirido será propriedade do artista com o mesmo título que a remuneração do seu trabalho. Mas, quem não vê que é precisamente nisso que consiste o direito da propriedade mobiliária e imobiliária? Assim, esta conversão da propriedade particular em propriedade colectiva, tão preconizada pelo socialismo, não teria outro efeito senão tornar a situação dos operários mais precária, retirando-lhes a livre disposição do seu salário e roubando-lhes, por isso mesmo, toda a esperança e toda a possibilidade de engrandecerem o seu património e melhorarem a sua situação.(...)
Não luta, mas concórdia das classes
9. O primeiro princípio a pôr em evidência é que o homem deve aceitar com paciência a sua condição: é impossível que na sociedade civil todos sejam elevados ao mesmo nível. É, sem dúvida, isto o que desejam os Socialistas; mas contra a natureza todos os esforços são vãos. Foi ela, realmente, que estabeleceu entre os homens diferenças tão multíplices como profundas; diferenças de inteligência, de talento, de habilidade, de saúde, de força; diferenças necessárias, de onde nasce espontaneamente a desigualdade das condições. Esta desigualdade, por outro lado, reverte em proveito de todos, tanto da sociedade como dos indivíduos; porque a vida social requer um organismo muito variado e funções muito diversas, e o que leva precisamente os homens a partilharem estas funções é, principalmente, a diferença das suas respectivas condições. (...)
Obrigações dos operários e dos patrões
10. Entre estes deveres, eis os que dizem respeito ao pobre e ao operário: deve fornecer integral e fielmente todo o trabalho a que se comprometeu por contrato livre e conforme à equidade; não deve lesar o seu patrão, nem nos seus bens, nem na sua pessoa; as suas reivindicações devem ser isentas de violências e nunca revestirem a forma de sedições; deve fugir dos homens perversos que, nos seus discursos artificiosos, lhe sugerem esperanças exageradas e lhe fazem grandes promessas, as quais só conduzem a estéreis pesares e à ruína das fortunas.
Quanto aos ricos e aos patrões, não devem tratar o operário como escravo, mas respeitar nele a dignidade do homem, realçada ainda pela do Cristão. O trabalho do corpo, pelo testemunho comum da razão e da filosofia cristã, longe de ser um objecto de vergonha, honra o homem, porque lhe fornece um nobre meio de sustentar a sua vida. O que é vergonhoso e desumano é usar dos homens como de vis instrumentos de lucro, e não os estimar senão na proporção do vigor dos seus braços. O cristianismo, além disso, prescreve que se tenham em consideração os interesses espirituais do operário e o bem da sua alma. Aos patrões compete velar para que a isto seja dada plena satisfação, para que o operário não seja entregue à sedução e às solicitações corruptoras, que nada venha enfraquecer o espírito de família nem os hábitos de economia. Proíbe também aos patrões que imponham aos seus subordinados um trabalho superior às suas forças ou em desarmonia com a sua idade ou o seu sexo. (...)
Convite para os operários católicos se associarem
34. É necessário ainda prover de modo especial a que em nenhum tempo falte trabalho ao operário; e que haja um fundo de reserva destinado a fazer face, não somente aos acidentes súbitos e fortuitos inseparáveis do trabalho industrial, mas ainda à doença, à velhice e aos reveses da fortuna.
Estas leis, contanto que sejam aceites de boa vontade, bastam para assegurar aos fracos a subsistência e um certo bem-estar; mas as corporações católicas são chamadas ainda a prestar os seus bons serviços à prosperidade geral. (...)
Solução definitiva: a caridade
35. Vede, Veneráveis Irmãos, por quem e por que meios esta questão tão difícil demanda ser tratada e resolvida. Tome cada um a tarefa que lhe pertence; e isto sem demora, para que não suceda que, adiando o remédio, se tome incurável o mal, já de si tão grave.
Façam os governantes uso da autoridade protectora das leis e das instituições; lembrem-se os ricos e os patrões dos seus deveres; tratem os operários, cuja sorte está em jogo, dos seus interesses pelas vias legítimas; e, visto que só a religião, como dissemos no princípio, é capaz de arrancar o mal pela raiz, lembrem-se todos de que a primeira coisa a fazer é a restauração dos costumes cristãos, sem os quais os meios mais eficazes sugeridos pela prudência humana serão pouco aptos para produzir salutares resultados. Quanto à Igreja, a sua acção jamais faltará por qualquer modo, e será tanto mais fecunda, quanto mais livremente se possa desenvolver. (...)
(trechos - Dada em Roma, junto de S. Pedro, a 15 de Maio de 1891, no décimo quarto ano do Nosso Pontificado.) PAPA LEÃO XIII
Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de
Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis
Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o
território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o
desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. A carta:
"O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem. Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo. Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende. Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro. Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra. Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso. De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência. |
|
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Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se
soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de
inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os
desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco
são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio
caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos
prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos.
Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar
da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará
a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido
ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como
nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a
terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o
seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a
todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida
por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."
|
A PARTIR DO TEXTO RESPONDA AS QUESTÕES A
SEGUIR COM SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS, RELACIONANDO COM AS AULAS, OUTROS TEXTOS,
FILMES E SUA VIDA COTIDIANA.
1) O cacique lhe pareceu selvagem? Por
que? Podemos tirar proveito de suas palavras?
2) Em que essa carta é congruente com a
do Papa Leão XIII e em que ela se contrapõe?
3) Analise o texto utilizando os
seguintes conceitos:
a)
Propriedade privada dos meios de produção;
b)
exploração e acumulação primitiva de capital;
c)
ideologia e dominação;
d)
alienação.
4) Trace relações entre a história
desses ameríndios e os africanos retratados no livro Capitalismo para
principiantes.
5) Você concorda com o que aconteceu aos
índios e negros após essa carta? Que relações isso tem com o filme "Ilha
das Flores"? Como podemos nos posicionar hoje frente essa história?
6) Indique, justificando, qual das duas
cartas se aproxima mais da seguinte frase de Rousseau: " "O
primeiro que tendo cercado um terreno se lembrou de dizer: 'Isto é meu!', e
encontrou pessoas bastante simples para o acreditar, foi o verdadeiro fundador
da sociedade civil. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores
não teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou tapando
os buracos, tivesse gritado aos seus semelhantes: 'Livrai-vos de escutar esse
impostor; estareis perdido se esquecerdes que os frutos são de todos, e a terra
de ninguém!'"(Rousseau -1754 - Discurso sobre a origem da desigualdade
entre os homens)
7) Qual das duas cartas se aproxima
mais da ideologia do filme "Os Miseráveis"? Justifique.
GABARITO VG:
VG 1 BIMESTRE 2º ANO
Ni un paso atrás
Lo extendido del movimiento feminista y su poder para llegar
a cualquier rincón de planeta produce pavor en sectores conservadores. El
problema, para ellos, es que el cambio ya empezó y es imparable (CLAUDIA
PIÑEIRO – El País 9 MAR 2019 –)
tipo A 1 sociologia ( E ) Tanto no texto, quanto no filme Revolução em
Dagenham, é evidente que a luta feminista quer privilégios às mulheres, gerando
desigualdade e desordem.
Sociologia tipo C 1: Traçando relações do texto
acima e com os filmes “Revolução Industrial”, “Ilha das Flores”, “Revolução em
Dagenham” e “Os Miseráveis”, reflita sobre tragédias cotidianas que muitas
vezes somos insensíveis em contraste com a evolução da discussão sobre direitos
coletivos. Marque a alternativa INCORRETA:
A.
A exclusão e todo tipo
de violência sempre existiram em todas as estruturas sociais, por isso é
impossível de serem superadas.
B.
Nas diversas obras há menção à opressão
de mulheres e crianças. Isso indica um fato social de nossa estrutura que está
sendo analisado para sua superação.
C.
Opressões geram tragédias coletivas por
vezes silenciosas, nas quais os movimentos e obras tentam denunciar, para
conscientizar, com vistas a mudanças ou ajustes.
D.
A mobilidade social ampliada em nossa
estrutura social, em comparação às anteriores, permite compreensão do trabalho
como fonte de riqueza, da liberdade e mais organização para conquistas de
direitos coletivos.
Texto : La escuela de Arturo Barea en el
Madri de principios del siglo XX
Lo primero que se aprende es a estar en
fila, en silencio (...) Antes que aprender la letra A se aprende a estar en
fila, callado. Luego se aprende a leer. Tan estúpidadmente como se leen al
passar por la calle los anuncios luminosos de forma mecánica, sin saber lo que
dicen, igual que se coge un puesto en la fila de la vida y mecánicamente se
sigue detrás de los que van delante y delante de los que van detrás sin
rebelarse (...)
E.
Tipo A 6 sociologia (C) No filme "Ilha das Flores" há crítica
à alienação educacional que dialoga com esse texto.
SUSTENTABILIDADE:
Sustentabilidade é a capacidade de sustentação ou conservação de
um processo ou sistema.A palavra sustentável deriva do latim sustentare e
significa sustentar, apoiar, conservar e cuidar. O conceito de sustentabilidade
aborda a maneira como se deve agir em relação à natureza. Além disso, ele pode
ser aplicado desde uma comunidade até todo o planeta.A sustentabilidade é alcançada
através do Desenvolvimento Sustentável, definido como:
"o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente
sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias
necessidades".
O desenvolvimento sustentável tem como objetivo a preservação do
planeta e atendimento das necessidades humanas. Isso quer dizer que um recurso
natural explorado de modo sustentável durará para sempre e com condições de
também ser explorado por gerações futuras.
O chamado tripé da sustentabilidade é baseado em três princípios:
o social, o ambiental e o econômico. Esses três fatores precisam ser integrados
para que a sustentabilidade de fato aconteça. Sem eles, a sustentabilidade não
se sustenta.
·
Social: Engloba as pessoas e suas condições de vida, como
educação, saúde, violência, lazer, dentre outros aspectos.
·
Ambiental: Refere-se aos recursos naturais do planeta e a forma
como são utilizados pela sociedade, comunidades ou empresas.
·
Econômico: Relacionado com a produção, distribuição e consumo de
bens e serviços. A economia deve considerar a questão social e ambiental.
https://www.todamateria.com.br/sustentabilidade/ visitado em 22/2/2019
Sociologia tipo C 2: A partir dos textos e imagens acima, os filmes
“Ilha das Flores” e “Tempos Modernos”, reflita sobre a alienação em nossa
estrutura social responsável por tragédias tanto coletivas quanto individuais e
assinale a alternativa INCORRETA:
A.
A base da alienação em nossa sociedade está na fragmentação das relações
e percepções, o que dificulta a ação coletiva consciente e responsável.
B.
O individualismo estrutural dificulta a compreensão do todo e de como
nossas ações podem prejudicar o meio ambiente e grupos sociais historicamente
oprimidos.
C.
A sustentabilidade ocorre
quando consideramos pelo menos um dos aspectos listados no tripé, seja
ambiental, econômico ou social. É impossível conseguir a articulação dos três.
D.
Provas interdisciplinares surgiram para estimular o pensamento e o
estudo de soluções mais integradas, sustentáveis e efetivas, selecionando
pessoas mais capazes de evitar tragédias coletivas.
A atividade física tem sido
apresentada diariamente como uma grande solução para muitos dos males de saúde
que atingem as diversas camadas da população. No entanto, e apesar desta
frequente propaganda, percebe-se que muitas pessoas não conseguem se manter na
prática por longos períodos, e a abandonam após pouco tempo, sem experimentar
os reais benefícios de um programa continuado de exercício físico. Levando em
consideração os benefícios da atividade física, assinale C para as questões
certas e E para as erradas.
tipo A sociologia 2 ( C )Quando internalizamos
a ideologia “tempo é dinheiro”, dedicamos pouco tempo para nossa saúde e a qualidade
de vida coletiva, tornando a vida menos sustentável.
Tipo C 3
sociologia: Sobre sustentabilidade, qualidade de vida e saúde integral assinale
a alternativa CORRETA:
A) Para cuidarmos da nossa saúde devemos apenas olharmos para nós
mesmo enquanto indivíduos com necessidades biológicas, sem perder tempo com os
outros.
B) Podemos associar atividades físicas
ao contato com a natureza e em relações saudáveis com os outros, contribuindo
para saúde e conscientização pessoal e coletiva.
C)
Somente o estudo ecológico, sociológico e econômico levará à sustentabilidade e
evitará tragédias coletivas. As outras disciplinas e conhecimentos são
dispensáveis nesse sentido.
D)
Estudo e atividade física são inversamente proporcionais, assim como indivíduo
e sociedade, ou economia e meio ambiente. Ou seja, devemos escolher estimular
um detrimento do outro.
TEXTO 1
Leia o texto abaixo
e, em seguida, julgue as questões:
Raio-x dos crimes: um
comparativo entre os impactos de Brumadinho e Mariana
Leia um resumo das
consequências socioambientais do rompimento das duas barragens da Vale em Minas
Gerais
Três anos após o
crime ambiental da Samarco, de propriedade da Vale e da BHP Billiton, mais um
desastre envolvendo a mineradora Vale assolou o país, no último dia 25 de
janeiro. O rompimento da barragem da Mina do Feijão, em Brumadinho (MG),
deixou, até o momento, 99 mortos e 261 desaparecidos.
A dimensão da
catástrofe ainda é inestimável, mas sabe-se que o volume de rejeitos é 50 vezes
menor que o da barragem de Fundão, em Mariana – 1 milhão de m³, contra 50
milhões de m³.
A lama tóxica da
Samarco percorreu 663 km até encontrar o mar, no Espírito Santo. A da barragem
de Brumadinho, por sua vez, percorreu cerca de 205 km até agora, de acordo com
a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), e deve chegar à bacia hidrográfica do rio
São Francisco, que abastece 550 municípios do país, atingindo 9,6% da população
brasileira.
(....)
Até hoje, ninguém foi
responsabilizado pela tragédia de Mariana, que deixou 19 mortos. A Samarco,
dona da barragem e propriedade da Vale, foi multada em R$ 610 milhões por
órgãos ambientais, R$ 346 milhões pelo Ibama, e R$ 370 milhões pela Secretaria
do Meio Ambiente de Minas Gerais (Semad). Desse valor, apenas R$ 41 milhões
foram pagos.
(....)
No caso de
Brumadinho, a Vale também começa a acumular multas: R$ 250 milhões pelo Ibama,
R$ 99 milhões pelo governo de Minas Gerais, R$ 100 milhões pela prefeitura de
Brumadinho e R$ 50 milhões pela Prefeitura de Juatuba, pela contaminação do Rio
Paraopeba. Os números, no entanto, são baixos em comparação com os rendimentos
da Vale. A mineradora fechou o terceiro trimestre de 2018 com lucro líquido de
quase R$ 5,8 bilhões.
Para Oliveira, é
necessário que os órgãos da União e dos estados estejam capacitados para
assistir as famílias atingidas, e que elas sejam protagonistas nos processos de
decisão daqui para frente – e não apenas o Estado e a empresa. “A gente entende
que, se as empresas tivessem investido em segurança nesse processo, e não só
nos lucros, isso tudo poderia ter sido evitado.”
(....)
O número de mortes,
decorrentes do rompimento da barragem em Brumadinho, é cinco vezes maior do que
em Mariana. A Vale estima que havia mais de 300 empregados no local no momento
em que a barragem se rompeu. A Mina Córrego do Feijão tem 613 empregados
diretos e 28 terceirizados, que trabalhavam em 3 turnos de 24 horas nos 7 dias
da semana.
Publicado por Bruna
Caetano, em 31 de Janeiro de 2019 às 08:37, site Brasil de Fato | São Paulo
(SP),
https://www.brasildefato.com.br/2019/01/31/raio-x-dos-crimes-um-comparativo-entre-os-impactos-de-brumadinho-e-mariana/
Tipo B sociologia: “A
Mina Córrego do Feijão tem 613 empregados diretos e 28 terceirizados, que
trabalhavam em 3 turnos de 24 horas nos 7 dias da semana.” Supondo que a mais-valia
nessas relações de trabalho seja de 75%, qual será o número de pessoas que
sairá da condição de exército industrial de reserva se a mesma produção
fosse realizada cooperativamente sem mais-valia, mantendo-se o mesmo salário
para todos. (para marcar no gabarito divida o resultado por 10 e despreze as casas decimais se houver )
resposta: novos empregados 641 x 3 =1.923
dividido por 10 = 192,3
marcacão no gabarito: 192
Sociologia Tipo A 3 ( C ) Em estruturas sociais onde há grupos sem trabalho ou papel social, nas
quais os indivíduos são mais treinados a disputar do que a cooperar, as
tragédias tendem a ser recorrentes.
Sociologia Tipo A4 ( E ) O desemprego em massa sempre existiu em
todas as estruturas sociais, por isso as disputas individualistas, que geram a
cegueira social e as tragédias coletivas, são inevitáveis.
TRAGÉDIA EM BRUMADINHO
“Meu coração batia no peito dele e parou, diz mãe de morto
em Brumadinho”
Quase três semanas após a tragédia de Brumadinho (MG), uma
reunião na Câmara local com o MPT (Ministério Público do Trabalho) na noite de
ontem, serviria, a princípio, para familiares de vítimas debaterem a
reivindicação de direitos e reparações. Mas o principal direito que parentes
dos desaparecidos sob a lama da Vale exigiram é o de dar um enterro digno aos
seus.
Depois das falas de procuradores e representantes de
sindicatos, o microfone ficou aberto. Parentes e amigos de vítimas reuniram
forças para se revezar na dor e na indignação, vivendo o luto em público, para
muitos ali, um luto ainda incompleto. Até ontem, segundo a Defesa Civil, eram
155 desaparecidos.
O relato de Andresa Rodrigues acabou servindo como um
resumo e uma catarse do sentimento de todos aqueles que ainda esperavam dar um
funeral aos que ainda não foram encontrados sob a lama. Ela se apresentou como
“mãe de um único filho que a Vale assassinou”: Bruno, de 26 anos. Leia abaixo
um trecho da fala de Andresa.
“Eu gostaria de dizer que nenhum valor proposto por essa
assassina da Vale cobre a vida do meu filho e dos nossos familiares. Nenhum
dinheiro.
Acompanho os meios de comunicação todos os dias, na
esperança de ver que ali o corpo do meu filho foi encontrado, porque até agora
nós estamos tratando que morreram tantos, mas outros 155 estão lá debaixo
daquela lama que eles enterraram vivos.
A vale desmonta montanhas, cava crateras em busca do bem
mais precioso dela, que é o minério. O nosso bem mais precioso são os nossos
entes queridos, os nossos familiares. É o meu filho, o marido, o pai, a mãe de
tantos que estão aqui. E é disso que nós queremos resposta. Nós não aceitamos
que nenhum corpo daquele fique debaixo daquela lama.”
Foi acidente, não. Acidente é acontecimento casual,
fortuito, inesperado, diz o dicionário. Lá eles sabiam do risco que corriam.
Bernardo Barbosa
do UOL, em Brumadinho (MG)
14/02/2019
Sociologia tipo C 4: Todos os trechos abaixo denunciam a reificação
subjacente à tragédia de Brumadinho. Marque a frase que MAIS SE
OPÕE a ideologia estrutural a qual o termo se refere:
A.
“A gente entende que, se as empresas tivessem investido em segurança
nesse processo, e não só nos lucros, isso tudo poderia ter sido evitado.”
B.
“Foi acidente, não. Acidente é acontecimento casual, fortuito,
inesperado, diz o dicionário. Lá eles sabiam do risco que corriam.”
C.
“A vale desmonta montanhas, cava crateras em busca do bem mais
precioso dela, que é o minério.”
D.
“Eu gostaria de dizer que nenhum
valor proposto por essa assassina da Vale cobre a vida do meu filho e dos
nossos familiares. Nenhum dinheiro.”
Sociologia tipo A 5: (C
) Tragédias são documentadas, representadas por obras artísticas ou
passadas por tradição oral desde tempos remotos, porém têm contornos distintos
de acordo com os elementos estruturais de cada modo de produção e conjunturais
de cada contexto.