Vamos lá!

Acredito em um livro como creio nos sonhos ,

dedico-me à troca de pensamentos como às pessoas que amo



terça-feira, 16 de novembro de 2010

Exercício de revisão para avaliação do 4 bimestre

Queridos estudantes,
segue o exercício de revisão para a prova do 4 bimestre das três séries, como combinado em aula. Na próxima semana tiraremos as dúvidas, portanto estudem para o nosso trabalho ser mais eficaz.
Bom estudo.



EXERCÍCIO DE REVISÃO PARA A PROVA 4 BIMESTRE

1 ANO

1) O Etnocentrismo e o racismo são fatos sociais? Justifique detalhadamente sua resposta.
2) O ser humano é só um produto da Cultura ou é capaz também de transformá-la?
3) A Cultura é dinâmica e diversa ou estática e homogênea?
4) Qual é a importância de entendermos as transformações e heterogeneidades sociais?
5) Como são formadas nossas identidades? São inatas ou construídas socialmente?
6) Qual a necessidade de preservarmos e respeitarmos nossa cultura e a dos outros?
7) O que é difusão cultural e sincretismo? Qual a sua relevância? Existe cultura 100% pura?
8) O que tem no programa do PAS-UNB sobre construção da identidade pela cultura? Qual a postura deste frente à diversidade cultural?
9) O machismo e o feminismo são tendências naturais de homens e mulheres, respectivamente, ou construções sociais difusas no seio social?
10) Nossa sociedade é justa e igualitária ou ainda persistem discriminações e desigualdade? O que os textos do blog ( Eu, homem correto e Se os homens menstruassem) apresentam sobre isto? Que postura devemos ter frente a estas questões?


2 ANO

1) Como se dá o processo de concentração de renda e quais as suas repercussões?
2) Quais as soluções dadas pelo capitalismo internacional para as crises de superprodução, recorrentes neste sistema? Quais as conseqüências para os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento?
3) Qual o papel da Igreja nas colonizações?
4) Em que reside a oposição entre economia planificada e liberalismo econômico? Qual deixa a sociedade mais suscetível às crises econômicas?
6) Como se deu a industrialização brasileira? Como se deu o processo de dependência do Brasil?
7) Qual a influência das multinacionais no Brasil?
8) Como se deu o milagre econômico na época da ditadura e quais as conseqüências deste processo?
9) Como se dá e quais as conseqüências do imperialismo cultural? Qual o papel da indústria cultural nisto?
10) Quais as conseqüências da alienação no consumo e por que ela acontece? Qual o papel da mídia neste sentido?
11) Por que o racismo e o machismo se perpetuam até hoje? Qual o papel da indústria cultural neste sentido? O que os textos do blog nos levam a refletir sobre isto?
12) O que é filtro de carícia e qual o papel das instituições sociais na formação deste filtro?
13) O que é bateria de carícias e como podemos mantê-la sempre carregada para mantermos uma vida saudável.
14) Como o capitalismo consegue se reproduzir? Qual o papel das instituições ideológicas?


3 ANO

1)     A oposição INDIVÍDUO X SOCIEDADE sempre existiu? Quando esta oposição surge e por quê? O que isto pode ter a ver com profissões?
2)     Qual a relação que Elias faz entre o processo civilizador e o conceito de  “estátuas pensantes”? O que esta discussão tem a ver com participação política e profissões?
3)     Quais as repercussões, para a juventude, de uma formação contraditória como a que ocorre em nossa sociedade?
4)     De onde originou a nossa noção de democracia e o conceito de maioria?
5)     O que significa, politicamente, o conceito de minorias?
6)     De onde originou nossa noção de igualdade e como ela se desenvolveu ao longo da história da humanidade?
7)     Existe neutralidade política na História? Qual a importância política do discurso histórico?
8)     Quais as conseqüências do Populismo para os movimentos sociais e a participação política?
9)     Que relações podemos traçar entre os movimentos sociais, democracia e cidadania? Eles contribuem ou atrapalham para as duas últimas? Por que?
10)O que uma educação para a política deve estimular e valorizar?
11)As disputas e os dissensos que fazem parte da política são importantes para a democracia? Qual a diferença entre ser pacífico e ser passivo? Qual das duas posturas ajudam a democracia/ cidadania e qual atrapalha?
12)Quais foram a 4 fases da formação da identidade brasileira? Em qual fase os movimentos sociais tiveram maior proeminência?
13)O que os textos do blog ( Eu, homem correto e Se os homens menstruassem) nos fazem refletir sobre os preconceitos e estigmas reproduzidos até hoje sobre negros e mulheres?
14)O que o Manifesto Comunista de Marx e Engels fala sobre identidade coletiva e organização política de trabalhadores? Quais as repercussões sociais deste manifesto?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Recuperação paralela do 4 bimestre

Queridos estudantes,

segue os detalhes da recuperação paralela. Neste bimestre, somete aqueles que necessitam mais de 6,0 pontos para totalizar 20,0 pontos anuais poderão fazer o trabalho, valendo até 3,0 pontos a mais. Agora, lembrem-se que esta avaliação extra é só uma ajuda, o que vai fazer diferença é sua dedicação nesta reta final: sua presença (1,0), participação em aula (0,2 cada), os relatórios críticos diários (0,2 cada), o trabalho de grupo (3,0), a Expofreire (1,0) e a avaliação objetiva final (3,0). Procure ler todos os textos do blog, além dos indicados em aula. Isto qualificará sua participação, melhorando a compreensão e os resultados finais.
Bom estudo!


RECUPERAÇÃO PARALELA 4 BIMESTRE


SIGA OS PASSOS DESCRITOS DETALHADAMENTE:

1)                           Escolha uma fato social (geral, exterior e coercitivo) para estudar e leia, pelo menos, um livro sobre o assunto. Sugiro um livro da COLEÇÃO PRIMEIROS PASSOS, que são abordagens históricas, culturais e sociológicas de diversos assuntos, explicados de maneira acadêmica, porém didática. Os alunos especiais, atendidos pela sala de recursos, podem escolher qualquer livro, inclusive romance infanto-juvenil, desde que analisem a moral social da estória.
2)                           Mostre o livro à professora para que seja analisado, liberado para o trabalho e registrado por ela. O mesmo livro não pode ser escolhido por alunos da mesma turma.
3)                           Faça uma resenha crítica do livro. Na introdução, fale um pouco do autor, o contexto em que escreveu e por que se interessou por este tema. No desenvolvimento, faça um resumo com suas próprias palavras sobre os pontos centrais trabalhados no livro. Na conclusão, comente o que mais gostou e o que menos gostou da leitura e por que; se houve algo que discordou ou concordou e por que; por fim diga o que esta pesquisa lhe acrescentou em sua vida pessoal e na sua compreensão social. Entregue até o dia: 01-12-2010, para a professora Shirlei.Valerá até 1,5 pontos (extra).
4)                           Prepare uma apresentação oral com cerca de 5 min onde você expressaria de forma mais criativa e autêntica possível o que você aprendeu sobre o tema escolhido. Valerá 1,5 pontos (extra). Você pode fazer cartaz, trazer música ou poema para auxiliá-lo na apresentação. Traga o livro lido para mostrar à professora no dia da apresentação. As apresentações serão feitas por série, seguindo o cronograma abaixo:

1ANO e 2 ANO: 06-12-2010 ( de 7h30min às 12h)
3 ANO: 07-12-2010 ( de 10h30min às 12h15min)


terça-feira, 2 de novembro de 2010

A Difusão da Cultura - texto 1 ano

Queridos estudantes,
o texto que segue é mais voltado para o programa do 1 ano. Trata-se de um conceito antropológico importante, rapidamente explicado. Depois, a partir de uma crônica, traz a discussão sobre os preconceitos e o ridículo dos purismos. Este texto será muito útil nas aulas desta semana e também cobrado na avaliação final.
Boa  leitura
A DIFUSÃO DA CULTURA
            Não resta dúvida que grande parte dos padrões culturais de um dado sistema não foram criados por um processo autóctone, foram copiados de outros sistemas culturais. A esses empréstimos culturais a antropologia denomina difusão. Os antropólogos estão convencidos de que, sem a difusão, são seria possível o grande desenvolvimento atual da humanidade. Nas primeiras décadas deste século duas escolas antropológicas (uma inglesa, outra alemã), denominadas difusionistas, tentaram analisar esse processo. O erro de ambas foi o de superestimar a importância da difusão, esse mais flagrante no caso do difusionismo inglês que advogava a tese de que todo o processo de difusão originou-se no velho Egito.
            Mas deixando de lado o exagero difusionista, e mesmo considerando a importância das invenções simultâneas (isto é, invenções de um mesmo objeto que ocorreram inúmeras vezes em povos de culturas diferentes situados nas diversas regiões do globo), não poderíamos ignorar o papel da difusão cultural.
            Numa época em que os norte-americanos viviam um grande desenvolvimento material e os seus sentimentos nacionalistas faziam crer que grande parte desse progresso era resultado de um esforço autóctone, o antropólogo Ralfh Linton escreveu um admirável texto sobre o começo do dia do homem americano:
            “O cidadão norte-americano desperta num leito construído segundo padrão originário do Oriente Próximo, mas modificado na Europa Setentrional, antes de ser transmitido à América. Sai debaixo de cobertas feitas de algodão cuja planta se tornou doméstica na Índia; ou de linho ou de lã de carneiro, um e outro domesticados no Oriente Próximo; ou de seda, cujo emprego foi descoberto na China. Todos estes materiais foram fiados e tecidos por processos inventados no Oriente Próximo. Ao levantar da cama faz uso dos “mocassins” que foram inventados pelos índios das florestas do Leste dos Estados Unidos e entra no quarto de banho cujos aparelhos são uma mistura de invenções européias e norte-americanas, umas e outras recentes. Tira o pijama, que é vestuário inventado na Índia e lava-se com sabão que foi inventado pelos antigos gauleses, faz a barba que é um rito masoquístico que parece provir dos sumerianos ou do antigo Egito.
            Voltando ao quarto, o cidadão toma as roupas que estão sobre uma cadeira do tipo europeu meridional e veste-se. As peças de seu vestuário têm a forma das vestes de pele originais dos nômades das estepes asiáticas; seus sapatos são feitos de peles curtidas por um processo inventado no antigo Egito e cortadas segundo um padrão proveniente das civilizações clássicas do mediterrâneo; a tira de pano de cores vivas que amarra ao pescoço é sobrevivência dos xales usados aos ombros pelos croatas do século XVII. Antes de ir tomar o seu breakfast, ele olha a rua através da vidraça feita de vidro inventado no Egito; e, se estiver chovendo, calça galochas de borracha descoberta pelos índios da América Central e toma um guarda-chuva inventado no sudoeste da Ásia. Seu chapéu é feito de feltro, material inventado nas estepes asiáticas.
            De caminho para o breakfast, pára para comprar um jornal, pagando-o com moedas, invenção da Líbia antiga. No restaurante, toda uma série de elementos tomados de empréstimo o espera. O prato é feito de uma espécie de cerâmica inventada na china. A faca é de aço, liga feita pela primeira vez na Índia do Sul; o garfo é inventado na Itália medieval; a colher vem de um original romano. Começa o seu breakfast com uma laranja vinda do Mediterrâneo Oriental, melão da Pérsia, ou talvez uma fatia de melancia africana. Toma café, planta abissínia, com nata e açúcar. A domesticação do gado bovino e a idéia de aproveitar o seu leite são originárias do oriente Próximo, ao passo que o açúcar foi feito pela primeira vez na Índia. Depois das frutas e do café vêm waffles, os quais são bolinhos fabricados segundo uma técnica escandinava, empregando como matéria prima o trigo, que se tornou planta doméstica na Ásia Menor. Rega-se com xarope de maple, inventado pelos índios das florestas do Leste dos Estados Unidos. Como prato adicional talvez coma o ovo de uma espécie de ave domesticada na Indochina ou delgadas fatias de carne de um animal domesticado na Ásia Oriental, salgada e defumada por um processo desenvolvido no Norte da Europa.
            Acabando de comer, nosso amigo se recosta para fumar, habito implantado pelos índios americanos e que consome uma planta originária do Brasil; fuma cachimbo, que procede dos índios da Virginia, ou cigarro, proveniente do México. Se for fumante valente, pode ser que fume mesmo um charuto transmitido à América do Norte pelas Antilhas, por intermédio da Espanha. Enquanto fuma, lê notícias do dia, impressas em caracteres inventados pelos antigos semitas, em material inventado na China e por um processo inventado na Alemanha. Ao inteirar-se das narrativas dos problemas estrangeiros, se for bom cidadão conservador, agradecerá a uma divindade hebraica, numa língua indo-européia, o fato de ser cem por cento americano”.[1]


[1] Ralph Linton, 3ed,1959, pp.355-56.