Vamos lá!

Acredito em um livro como creio nos sonhos ,

dedico-me à troca de pensamentos como às pessoas que amo



sexta-feira, 24 de junho de 2016

Em formato de poema

Agora farei em formato de poema. Apesar na minha pouca habilidade neste estilo, vou tentar passar coisas vivenciadas na semana:
 

Trabalhando as relações: conhecimento em ação
saber só é informação quando tem ligação
entre o fazer, o sentir e o pensar
letramentos, experiências
filmes, aulas, dinâmicas,
o voo da Sociologia está no ar.

Mesmo sendo ruim em rimar
venho aqui me arriscar
para exemplo dar de como se expressar
diferente só para variar

Na minha profissão as vezes pagamos mico
as vezes nos chateamos, outras sorrimos
Um dia tem VG, outro dia pontuamos pra ver
o que o estudante consegue oferecer:
seminários, teatro, festa, gincana, grêmio
será que estão tendo rendimento?

Esta crise sempre nos acompanha
mas levamos na manha
com apoio dos colegas
e esperança nas mudanças

Vou terminando por aqui, pois tenho de partir
Viajo hoje, mas volto terça
Pibidianos irão me substituir
Espero que todos tenham cabeça
Aproveitem as oficinas
Com carinho oferecidas.

domingo, 19 de junho de 2016

Formato de revisão para a VG

Amores,
nessa semana debatemos os filmes relacionando com tudo o que vimos no bimestre. Em algumas turmas já trabalhamos os textos da VG (que já estão disponíveis no moodle - link Sociologia - para todos). Como o debate flui diferente em cada coletivo diferente, farei esta postagem em formato de aula de revisão para a prova interdisciplinar. Só não fiz videoaula por causa da minha inabilidade tecnológica. Mas esta já vai ajudar o bastante: 

A VIOLÊNCIA é um FATO SOCIAL (Durkheim), geral, exterior e coercitivo, portanto tratada pela Sociologia enquanto fenômeno com causas, consequências e possíveis soluções COLETIVAS. Casos desviantes, de loucos e psicopatas, não entram em nossa análise. Tratamos enquanto lógica macrossocial, reproduzida e atualizada nos ambientes microssociais. Assim, aprofundaremos nossa compreensão desse fenômeno social, percebendo a relação dialética entre essas duas esferas por meio dos filmes, conteúdos e vivências dadas neste bimestre: 


MACROSSOCIAL: 
 A violência estrutural existe e se reproduz há muitos séculos, por isso temos a sensação de que ela sempre existiu, parecendo, portanto, natural. No entanto, podemos entendê-la como construção social, assim como tudo que envolve as sociedades humanas, para podermos resolvê-la. Por meio da compreensão histórica observamos como os elementos se reproduzem para pensarmos em alternativas pragmáticas:

 DESIGUALDADE SOCIOECONÔMICA - Este elemento existe desde o surgimento da propriedade privada. Ocorre nos modos de produção escravista, feudalista e capitalista, gerando exploração, dominação e guerra. No capitalismo, a exploração se dá por meio da MAIS VALIA, na qual o trabalhador é expropriado de parte do fruto do seu trabalho. Ela é mais alta quanto mais vulnerável for o proletariado. O desemprego estrutural (EXÉRCITO INDUSTRIAL DE RESERVA) é um dos principais fatores que deixam o empregado com medo de questionar a exploração na qual está submetido. Quanto maior a evolução tecnológica, associada à concentração de renda e o não apoio do Estado à seguridade social, maior é esse desemprego. Pessoas sem trabalho, marginalizadas ou excluídas, ficam mais suscetíveis a receber, internalizar e cometer violências. Em países com alto índice de excluídos, com crises recorrentes, tendem a ter altos índices de mortalidade, como o Brasil. Buscando resolver esses problemas surge a utopia socialista, que se realizou enquanto revolução na Rússia, no final da primeira guerra mundial. O socialismo real se concretizou como um capitalismo de Estado, que gerenciando a mais valia, diminuía a desigualdade e evitava crises de superprodução. Porém, mantinha alguns vícios do sistema e intensificava outros, reproduzindo a violência.

GUERRA FRIA – O imperialismo está na lógica expansionista do sistema capitalista e o socialismo real a manteve também. Após a segunda guerra mundial, dois países despontaram como grandes potências imperialistas: os EUA (capitalista) e a URSS (socialista). Nesse período, de 1945 a 1989, ocorreu a Guerra Fria, sem confronto direto entre as duas nações, mas com muitas mortes decorrentes de conflitos civis em ditaduras estabelecidas em todo o mundo. 

DITADURAS – Na América Latina as ditaduras, salvo a Cubana, eram adeptas ao capitalismo norte-americano, inclusive com investimento deste nos regimes que o apoiavam. A resistência armada se dava pelos simpatizantes do outro lado, mas existiam pessoas que lutavam pacificamente contra a ditadura em diversos setores, como jornalistas, estudantes, professores, artistas, militares e cristãos (visto no filme “Batismo de Sangue”- 3ºano). Como a disputa se dava também no campo ideológico, no Brasil todos que apoiavam o regime militar eram rotulados de “direita fascista”, os que eram contra de “comunista terrorista”(mesmo não sendo). Essa polarização tem alguns resquícios até hoje no mundo, assim como a prática de tortura e violência policial.

CHERNOBIL – A guerra fria tinha este nome principalmente porque se vivia em constante tensão frente a eminência de um ataque nuclear entre os países envolvidos. O acidente na usina nuclear em Chernobyl, na Ucrânia, ocorreu em 1986 e, apesar de ter tido consequências ecológicas terríveis para o planeta terra, acelerou o processo de abertura da URSS e o fim da guerra fria. As nações envolvidas perceberam que não dava para brincar de guerra atômica. Pena que 30 anos depois do acidente parece que o mundo está esquecendo dessa grande e dolorosa lição.

FILME "NO" - Este filme retrata o processo de abertura no Chile em 1988. Uma das ditaduras mais violentas do nosso continente estava sem respaldo internacional e seu ditador Pinochet teve que lançar um plebiscito pela continuidade ou não de seu governo. As campanhas do Sí e do No mostram bem os embates da época, que também ocorrem hoje em nosso país. Além disso, dá dicas de como podemos superar desavenças de maneira construtiva e democrática.

OLIMPÍADAS E PARAOLIMPÍADAS- A despeito de terem como um de seus principais objetivos a integração pacíficas dos 5 continentes, as olimpíadas são utilizadas como veículo de disputa e dominação ideológica, principalmente nos momentos de guerra. Se por um lado reforçam valores de superação, resistência, respeito e organização coletiva, por outro também trazem elementos de exclusão, reforço de imperialismo cultural e naturalização de uma meritocracia com bases injustas. A compreensão ampla e complexa desses eventos, desenvolvem nosso senso crítico, para filtrarmos o que pode nos ajudar a construir um mundo mais justo, pacífico e solidário.


MICROSSOCIAL:  
A história e a biografia estão em constante relação dialética. Aprendemos em nosso cotidiano valores e comportamentos passados milenarmente por nossa sociedade. Atualizamos e reproduzimos nos ambientes e relações próximas, muitas vezes sem perceber, toda a violência observada no macrossocial. Tomando consciência, podemos reorientar nossas ações e quebrar este ciclo vicioso:

COMPETIÇÃO EXCLUDENTE – Em nossa sociedade as crianças de 5 anos já conhecem a “brincadeira dança das cadeiras”. Ela simula o exército industrial de reserva, criando uma condição de escassez artificial. A pessoa que perde é excluída do jogo até sobrar somente um: o vencedor. Esta disputa é típica de sociedades como a nossa, dificilmente inteligível para outras de modo de produção diverso. Em outras competições mais tradicionais o perdedor e o vencedor jogam o tempo todo, só no final se diferenciam. O problema é que esta inocente brincadeira é naturalizada e generalizada para outras, onde o divertimento deixa de ser a interação e sim o excluir/ massacrar o outro.

 BULLYING – Este fenômeno social vem aumentando em números. Talvez porque estão aparecendo mais, pois estamos combatendo, mas de qualquer forma é um FATO SOCIAL que está longe de ser superado. Provavelmente a explicação do item anterior justifique a dificuldade que temos em anular este tipo de violência. Quando aprendemos desde cedo que “o outro é meu adversário, ele que vai roubar meu lugar, me machucar, me ridicularizar, me massacrar”, então “eu luto contra ele, antes ele ser menosprezado do que eu”. Aí vira uma guerra de cegos, onde a violência é só mais uma “brincadeira”, que somente quem é “mente fraca” não sabe lidar. Isso é generalizado para tudo: piadas, redes sociais, zoação em sala de aula, brigas infantis entre chapas de grêmio estudantil.

DISPUTAS DE CHAPAS E DESRESPEITO – Como analisado, os desrespeitos ocorridos nas últimas semanas entre chapas do grêmio foram mimetizações de um sistema social extremamente pervertido e grosseiro. O Brasil foi construído a partir de explorações, dominações e ditaduras. Temos pouco tempo de democracia, portanto ainda estamos aprendendo a lidar com conflitos e disputas ideológicas de maneira pacífica e auspiciosa. No entanto, se tomarmos consciência das reproduções que fazemos inadvertidamente podemos exercitar a democracia a partir de nós, do grêmio, da nossa escola, da nossa família, da nossa cidade.

TECNOLOGIAS SOCIAIS – Ao compreender os meandros da relação dialética entre o macrossocial e o microssocial, somos capazes de criar alternativas práticas. Vários pensadores, estudantes e profissionais criaram tecnologias sociais a partir do conhecimento adquirido para transformar coisas que discordavam. Abaixo cito algumas:
         - JOGOS ALTERNATIVOS – Como visto em aula, podemos usar jogos para questionar e desnaturalizar “brincadeiras” agressivas e excludentes. Crianças, adolescentes e adultos aprendem de maneira prática e lúdica que incluir é muito mais gostoso e é possível inclusive com disputas saudáveis.
         - SEMANA DA VIDA – Definida por intelectuais orgânicos presentes na Secretaria de Educação para que todos os estudantes da rede tenham um momento coletivo de apreensão do conhecimento transdisciplinar, com temas da atualidade, espaço de criação, diálogo e ação mais aberto.
         - MÉTODO PAULO FREIRE – Paulo Freire organizou um método de alfabetização e ensino onde o educando é sujeito do processo de conhecimento tanto quanto o educador. Ele baseia-se na horizontalidade, no diálogo e na valorização da diversidade de capital simbólico. Minhas aulas são baseadas neste método. Quem se interessar em conhecer mais, além de pesquisar na internet, podem pegar livros em nossa biblioteca desse autor. O mais conhecido dele é “Pedagogia do Oprimido”, terceiro livro mais citado no mundo acadêmico.
         - ENCONTROS EXTRACLASSE – Todo bimestre exijo que façam duas atividades extraclasse com outros colegas da escola. O objetivo é, além de ampliar o capital simbólico de vocês, estimular o encontro e a organização coletiva. Não basta entendermos os mecanismos de reprodução do individualismo e da exclusão. Precisamos enfrentá-los com exercícios práticos. A solidariedade, a organização coletiva, o encontro interpessoal presencial, a superação de obstáculos materiais, precisam ser incorporados em nossas vidas.
         - HISTÓRIA ORAL – A história por muito tempo foi contada somente pela perspectiva dos incluídos, ou seja, dos que escreviam de maneira academicamente reconhecida, ou tinham meios de divulgação de suas narrativas. O problema é que nessa perspectiva a vivência das classes desfavorecidas ficava de fora ou distorcida. Recentemente, por meio de filmagens a voz dos próprios atores sociais envolvidos tem dado uma visão mais complexa das relações e construções coletivas, incluindo narrativas inéditas anteriormente, como nos filmes “Conterrâneos Velhos de Guerra” (2º ano) e “Batalhas pela História” (3º ano).

FRIDA KAHLO- México 1907/ 1954 – Ela é um exemplo de resistência e superação. Em uma sociedade machista, racista e dominada pelo capitalismo norte-americano, tinha tudo para ser excluída e vitimizada, mas ousou e deixou uma mensagem inovadora por meio de seus quadros e atitudes. Com apoio de pessoas que a admiravam, ou comungavam de ideais comuns, conseguiu deixar a marca de uma identidade feminina e mexicana valorizada. Aprendemos mais com exemplos do que com palavras. Conhecer a biografia de empoderamento de pessoas como nós, ou até em condições mais adversas, podem nos motivar a superar condicionamentos sociais, buscando apoio onde antes tínhamos dificuldades de enxergar.


domingo, 12 de junho de 2016

Em formato de fragmentos de diálogos

Querid@s,


nesta postagem continuarei com o projeto de dar exemplos de textos com formatos diversificados. Agora trabalhei o estilo diálogo. Reproduzirei algumas falas colocadas nas aulas desta semana que são significativas para o conteúdo teórico e prático trabalhado:

(Dúvidas e considerações acerca do filme Batismo de Sangue)

“_ Não entendo como que sendo ditadura a universidade estava pichada, os estudantes se reuniam…”
_ O golpe de 1964 não foi violento no começo, a repressão só ficou evidente a partir de 68. Por isso, tem gente com medo deste processo de impeachment ser um golpe, já que no começo nem sempre parece ditadura.

“_ Eu não entendi direito: eles se infiltraram na igreja, fingiam que eram padres para ajudar o combate à ditadura?”
_ Não, eles eram padres de verdade e acreditavam fielmente nos ensinamentos cristãos. Por isso, não aceitavam tortura, violência e desigualdade. Eles davam apoio na retaguarda, para salvar vidas e ajudar o Brasil a se livrar da ditadura que consideravam ser perniciosa. Também a igreja católica foi fundamental no início do movimento em prol da reforma agrária.

“_ Eu não conhecia essa história. É bom sabermos disso para não acharmos que ditadura é bom.”
_ Essa era a nossa intenção ao escolher esse filme. Muitos jovens não conhecem nossa história. Além disso, perceber que não tinham somente comunistas lutando contra a ditadura é importante para quebrarmos o maniqueísmo que temos hoje sobre direita e esquerda, cristãos e marxistas.


(Dúvidas e considerações acerca do filme Conterrâneos Velhos de Guerra)

“_ Legal ver que o mendigo era alegre e tinha orgulho de ter construído Brasília”
_ Essa foi a parte que mais me tocou neste filme na primeira vez que vi, lá na UnB. Achei a cena linda: um mendigo, numa situação difícil, não se sente excluído, ama a família, canta, dança, recita poema, é alegre! Então na época refleti: se eu me espantei em ver que um mendigo era capaz de fazer tudo isso que também sou capaz, eu achava no fundo que ele não era igual a mim… Eita, eu introjetei ideologia elitista, sem perceber, mesmo sendo muito contra ela!

“_ Como você sabe que o Oscar Niemeyer não sabia dos acidentes?”
_ Acho improvável que soubesse da quantidade e da desumanização no processo de construção, pois era comunista e dificilmente compactuaria com isso. Assim como JK, realmente estava querendo construir uma sociedade diferente, que tirasse o país do atraso colonial. No entanto, como todos nós acabou reproduzindo ou ajudando a manter muita coisa do sistema que questionava. Ele próprio lamenta isso no filme. Brasília de fato gerou transformações para o Brasil, mas também manteve muita relação arcaica.


(Dúvidas e considerações acerca do filme Bullying)

“_ Quem aceita o bullying é gente de mente fraca. É só reagir e fazer o mesmo com o outro”
“_ É muito fácil dizer o que o outro deve fazer, o difícil é agente fazer o que deve ser feito para mudar a nossa condição”
_ De fato o filme deixa a gente irritada pelos personagens não saírem daquela condição de oprimidos. Mas ele mostra bem como qualquer pessoa pode ser suscetível a situações como essas, quando estão em momento ou condição fragilizada (como era o caso do menino que acabara de perder o pai e a menina que tinha pais migrantes ilegais).

“_ Quem faz o bullying são pessoas que têm problemas em casa”
_ Em primeiro lugar, quem não tem problemas em casa? Em segundo lugar, muitos de nós, pessoas “normais” cometemos bullying. Hoje vimos exemplo aqui dos meninos vaiando a menina. Eu mesma, com 9 anos cometi um ato de bullying com mais 5 crianças contra um menino que a nossa professora amada detestava. Fomos conversar com ele na saída da escola para que melhorasse com a professora, ele riu e batemos nele. Ele já era excluído e sua permanência na escola ficou insustentável. Podia ter terminado em tragédia, mas ficou apenas na tradicional injustiça e exclusão. Ou seja, esses padrões de violência e exclusão são aprendidos e naturalizado por todos nós desde crianças. Se não aprendermos a questionar iremos reproduzir.

“_ Eu acho que estão exagerando: tudo agora virou bullying, racismo ou machismo. A sociedade está ficando fresca!”
_ Discordo: o bullying vem aumentando em números, assim como o feminicídio. São fatos sociais (gerais, exteriores e coercitivos) observáveis estatisticamente e há uma preocupação internacional no enfrentamento desses problemas. A violência é uma construção social com um legado milenar atualizada em nosso cotidiano porque a naturalizamos e reproduzimos sem questionamento. Por exemplo: as pessoas que foram zoadas neste debate eram mulheres e os que foram aplaudidos eram homens - será que foi apenas coincidência?

(Dúvidas e considerações acerca do caderno)

"_  Professora, faltei a aula porque estava doente posso te mostrar o caderno?"
  _ Todos os alunos que faltaram podem trazer na próxima aula que vou olhar

“_ Professora, não trouxe meu caderno, posso mostrar na próxima aula?”
  _ Vou olhar de todos os que quiserem mostrar, mas somente os escritos a partir desta aula como: o filme (Conterrâneos ou Batismo), as dinâmicas e debates desta semana, o filme NO, o filme Frida, o filme Chernobil, a exposição que vocês viram com os colegas, o tema Bullying.

(Dúvidas e considerações acerca do filme NO)

“_ Por que o ditador do Chile fez o plebiscito se era uma ditadura?”
_ As ditaduras na América Latina na década de 60 e 70 foram financiadas pelos EUA, dentro do contexto da Guerra Fria. Em 1988, já estava no final dessa guerra. O acidente em Chernobil em 1986 fez com que Gorbachov, governante da URSS iniciasse cooperação internacional para a resolução do problema, acelerando o processo de abertura e o fim da disputa bélica com os EUA. No Brasil, por exemplo, já estávamos fazendo nossa constituição cidadã. Então, não havia sustentação internacional para a ditadura no Chile. Pinochet precisava lançar um plebiscito que legitimasse sua permanência.

“_ Por que haviam conflitos no grupo que defendia o NO, se todos eram contra a ditadura?”
_ A maioria achava que o espaço da campanha era para dar voz aos oprimidos e violentados da ditadura, sem pretensão de vencer o plebiscito, já que entendiam ser forjado para a manutenção do regime fascista. Já o publicitário e alguns de seus amigos, acreditavam na possibilidade de vitória, desde que a campanha suscitasse a alegria e a fé na democracia. De qualquer forma, em qualquer grupo que se pretende democrático há conflitos, diversidade de opiniões que terá de ser equacionada pelo diálogo e não pela autoridade e força.

domingo, 5 de junho de 2016

Em formato de pontos

Pessoal,

nessa semana olhei cadernos de algumas turmas e continuarei olhando em outras na seguinte. A maioria é meramente descritiva, sem trazer conteúdos e aprendizados significativos. Além disso, o formato de parágrafo é dominante, o que deixa a leitura bastante sacal porque repetitiva. Então, resolvi fazer escritos diferentes aqui, para dar o exemplo de alternativas escritas. Hoje usarei formato de pontos relevantes ocorridos na semana:
1) Correção das VEs - tutorial de como julgar itens de humanas ou linguagens:
    a) ler sempre em forma interrogativa, desconfiando, pois tendemos a achar que é verdadeiro tudo o que lemos, ou ouvimos. Ser capaz de identificar as falsas é a habilidade geralmente exigida;
    b) o parâmetro usado para o julgamento jamais é a sua opinião, pois assim seria impossível determinar o certo ou errado em uma prova objetiva. Fique atento ao contexto, autor, texto, aspecto que está orientando o item.
    c) desconfie mais dos seguintes termos: sempre, todos, nunca, jamais, apenas, simplesmente, somente. Eles tendem a ser falsos, pois as generalizações normalmente são problemáticas nas ciências sociais, já que as coisas dependem do contexto e do referencial em questão. Na maioria das vezes essas palavras são usadas para rotular, estigmatizar, naturalizar ideias e valores cotidianos, portanto são ideologias.
     d) procurem estudar provas passadas, pois elas auxiliam em futuras. Justifiquem as falsas (jamais as copiem) e reescrevam as verdadeiras que erraram. Reeditarei algumas nas próximas avaliações.
2) Greve de ônibus: turmas e estudantes ficaram prejudicados, então retomaremos conteúdos e avaliações para aqueles que perderam.
3) Manifestação estudantil: parece que foi vitoriosa, no que concerne à isenção da taxa do PAS. Estão de parabéns! Espero que isso aumente a empolgação de vocês para lutarem pelo que desejam. Inclusive organizando chapas para as eleições do grêmio estudantil da escola (inscrições dia 8/6)
4) Filmes: comecei em algumas turmas e continuaremos em todas nesta semana:
    a) 2 ano - Conterrâneos Velhos de Guerra;
    b) 3 ano -  Batismo de Sangue
    c) para todos (VG): "Desastre em Chernobyl"
    e) para todos (VG):"NO"(dia 10/6 14h30 auditório externo ou ver em casa)
    f) CONTEÚDOS: democracia x violência; exército industrial de reserva; desumanização; exclusão; mais valia; sustentabilidade; guerra fria; esquerda x direita; movimentos sociais.
5) Entrega de boletins: poucos pais, mas interessados e preocupados. Alguns estudantes também vieram, estão de parabéns!
6) Lançamento do meu livro: estou muito feliz com este primeiro livro! Gostei tanto da mesa de debate de ensino de Sociologia que fiquei empolgada para outros projetos. Dia 6/6 às 18h30 noite de autógrafos no Sebinho (distribuição gratuita de exemplares).