Vamos lá!

Acredito em um livro como creio nos sonhos ,

dedico-me à troca de pensamentos como às pessoas que amo



sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Textos e eventos

Queridos,

nessa semana avaliamos em aula os eventos culturais EXPOFREIRE, FÓRUM / FESTIVAL. Alguns leram seus relatórios e depois comentamos relacionando com as redações sobre AUTONOMIA e AUTORIDADE , feitas no final do bimestre passado. Formei três grupos de discussão e ação para toda a escola, pegando alguns representantes de turma, para dar continuidade ao trabalho iniciado com os fóruns. Os interessados me procurem. Aqueles que não tiveram aula comigo  façam os relatórios sobre semana cultural e tragam na seguinte. Procurem elaborar sobre as atividades iniciando com: que bom... que pena... que tal...
Na quinta fui para a reunião preparatória da CONAE distrital. Pela manhã vários palestrantes explicaram os 7 eixos. Foi muito rico e fiquei feliz de estar com duas estudantes do PF. De tarde já foi mais cansativo, desorganizado e improdutivo, mas saí como delegada para o próximo encontro. Gosto de sentir os movimentos sociais e aprender com eles. Estamos tendo avanços, porém precisamos lutar juntos para garanti-los. Por isso, estamos paralisando hoje. O PNE elaborado na última CONAE (em 2010) ainda não foi votado no Congresso Nacional. Ele tem metas arrojadas que assumem a educação como prioridade de Estado. Para tanto, será necessário aumento no público. É fundamental que estas questões sejam votadas urgentemente. O ato público começa às 13h e haverá acampamento na frente do Congresso Nacional. Irei para lá no final da tarde. 
Na próxima aula discutiremos essas questões relacionando com os TEXTOS da prova INTERDISCIPLINAR e conteúdos das leituras de cada série. O debate valerá nota e ponto de gincana. Abaixo listarei as leituras obrigatórias do bimestre para cada turma, depois colocarei os textos da prova. Leiam, reflitam, estudem.

1 ANO: Livro Filosofando capítulos: 17,18 e 19

2 ANO: Livro Sociologia capítulos: 19, 20, 21, 22 e 23

3 ANO: Dissertação de Mestrado (terceiro link à direita) : introdução, capítulo 1 e conclusão.

PROVA INTERDISCIPLINAR: TEMA AMBIENTE (igual para todas as séries e também mesmos textos nas 3 provas)


Texto 1 - Redução de partículas poluentes aumenta expectativa de vida, diz estudo
JULLIANE SILVEIRA
da Folha de S.Paulo

Diminuir a quantidade de partículas poluentes emitidas no ar aumenta a expectativa de vida, como constata um novo estudo publicado no "New England Journal of Medicine".
Os pesquisadores avaliaram dados populacionais de 51 áreas metropolitanas dos EUA de 1978 a 1982 e de 1997 a 2001. Eles constataram que o decréscimo de dez microgramas por metro cúbico de partículas poluentes finas (que causam os danos mais sérios ao organismo) estava associado a um aumento médio de sete meses na expectativa de vida.
Henrique Manreza/Folha Imagem
Poluição encobre a zona norte de São Paulo; estudo indica que diminuir a quantidade de partículas poluentes aumenta a expectativa de vida
E concluíram que a redução da polução influenciou em 15% a melhora total da expectativa de vida nessas localidades --que teve aumento de cerca de três anos durante o período avaliado.
"Este é o estudo mais importante já feito sobre poluição atmosférica. É uma demonstração mais convincente, a poluição pode estar no mesmo patamar de diabetes, hipertensão arterial e outras doenças", afirma o patologista Paulo Saldiva, coordenador do Instituto Nacional de Análise Integrada de Risco Ambiental da USP (Universidade de São Paulo).
No sentido contrário da pesquisa, ele diz que resultados preliminares de um estudo desenvolvido no instituto, ainda não divulgado, mostram que os poluentes emitidos pelos veículos na cidade de São Paulo diminuem em um ano a expectativa de vida dos paulistanos.
"Podemos dizer que ocorrem 19 mortes por dia decorrentes da poluição. Constatamos na pesquisa que as perdas causadas por essas mortes chegam a R$ 1 bilhão por ano."
A concentração ideal, segundo Saldiva, não deve ultrapassar dez microgramas por metro cúbico, como preconiza a OMS (Organização Mundial da Saúde). A média paulistana gira em torno de 28, e, em horários de pico, o ar da marginal Tietê congestionada chega a concentrar 140. "O número de carros aumentou, e a velocidade da frota diminuiu. A marcha lenta faz com que o carro fique ligado por mais tempo no pior fluxo, que emite mais poluição."
Riscos à saúde
Um outro trabalho, concluído em 2008 pelo pneumologista Ubiratan de Paula Santos, do serviço de pneumologia do InCor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas de São Paulo, mostrou que a elevação de dez microgramas de poluentes por metro cúbico no ar aumenta em 10% as internações por arritmias cardíacas em São Paulo. De 1998 a 2006, seu grupo avaliou 25 mil casos de arritmias. "Vimos que, se os índices de poluição aumentam, os números de internação crescem."
Casos agudos ocorrem em pessoas mais suscetíveis. Crianças pequenas têm os brônquios mais finos, que podem inflamar com poluentes em excesso. Pessoas com problemas respiratórios, cardiovasculares e metabólicos são mais vulneráveis. "Quem já tem um vaso sanguíneo parcialmente ocluído sofre quando a poluição aumenta. A passagem de sangue fica mais fechada, o que pode causar arritmia, isquemia, angina e infarto."
A poluição também traz riscos a longo prazo. As partículas atingem o pulmão de forma contínua, o que propicia casos de asma e de alergias respiratórias independentemente do histórico familiar e até a adesão de colesterol nos vasos, levando a uma arteriosclerose.
Prevenção
Não é possível se poupar totalmente aos efeitos da poluição. Mas evitar os horários de pico, com maior concentração de poluentes, manter as janelas dos carros fechadas e usar rotas alternativas, com menor fluxo de veículos, ajuda.
Evitar ficar nos pontos de ônibus em horários de maior movimento também é indicado: nos corredores de ônibus de São Paulo, a concentração de poluentes pode chegar a 120 microgramas por metro cúbico.
"Se o passageiro passa duas horas dentro do ônibus, andando pelos corredores, ele 'fuma' cerca de três cigarros. Mas, infelizmente, alguns não têm escolha. Nessa questão, quem é mais rico se defende melhor. Sabe-se que o nível socioeconômico é fator de aumento de prejuízo da poluição à saúde. Da classe A à classe E, o aumento dos danos é de seis vezes", lamenta Saldiva.


Texto 2 - Poluição reduz nascimento de homens - CLÁUDIA COLLUCCI da Folha de S.Paulo
A poluição atmosférica, a fuligem da queima da cana-de-açúcar e o uso de agrotóxicos nas lavouras têm reduzido o número de nascimentos de bebês do sexo masculino, indicam estudos da USP e da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
A hipótese é que as substâncias químicas --chamadas de desreguladores endócrinos-- presentes nesses poluentes alterem o mecanismo de regulação do eixo hipotálamo-hipófise-gônadas e inibam a fabricação de espermatozóides que carregam o cromossomo Y (que determina o sexo masculino).
SXC
Poluição atmosférica, fuligem de cana-de-açúcar e agrotóxicos reduzem nascimento de bebês do sexo masculino, diz estudo
Diversos estudos na Europa e nos EUA vêm relatando que, além da tendência de declínio na proporção de homens, a exposição ambiental às substâncias químicas pode contribuir para um maior surgimento de cânceres hormônio-dependentes, redução da fertilidade e malformações congênitas.
Uma análise publicada em outubro passado na revista científica francesa "Gynécologie Obstétrique & Fertilité" diz que há 15 anos diversos estudos epidemiológicos têm demonstrado possíveis associações entre o câncer de mama e os pesticidas que levam na composição desreguladores endócrinos.
No Brasil, ao menos dois trabalhos de pesquisadores da USP mostram que quanto maior o número de partículas suspensas na atmosfera, menor a quantidade de meninos nascidos em regiões de São Paulo.
Foram avaliados o nível de poluição medido em 15 estações da Cetesb e o número de nascimentos registrados em cartórios da capital paulista.
Segundo o patologista Paulo Saldiva, pesquisador do Laboratório de Poluição da USP, entre a área menos poluída e a com maior índice de poluição atmosférica, a diferença da proporção de nascimento de bebês do sexo masculino foi de 1%- 51,7% e 50,7%, respectivamente, com 1.180 meninos a menos na área mais poluída. A análise foi feita entre 2001 e 2003
"Sempre nascem mais homens do que mulheres [numa proporção média de 51% e 49%] porque a mortalidade masculina é maior. Porém, a proporção de homens vem caindo conforme o nível de poluição da região", diz Saldiva.
Segundo o urologista Jorge Hallak, outro autor do estudo, estudos mostram que o cromossomo Y, que define o sexo masculino, é muito sensível à exposição de agentes químicos presentes na atmosfera. "Há uma morte maior da linhagem germinativa que carrega o Y."
Em trabalho experimental, Hallak observou que ratos expostos à poluição ejaculam menos espermatozóides. "A poluição afeta a qualidade e a quantidade de sêmen."
Em março, o urologista apresentará em congresso em Roma um estudo inédito feito no interior de São Paulo em que demonstra que as cidades onde há maior queima de cana-de-açúcar --monitorada por satélites-- também têm redução do nascimento masculino.
Agrotóxicos
Nas regiões agrícolas do Paraná, o declínio do nascimento de homens é atribuído aos agrotóxicos, segundo estudo da biomédica e pesquisadora da Fiocruz Gerusa Gibson. A análise foi realizada entre 1994 e 2004, com base nos registros do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O município de Jardim Olinda, no noroeste paranaense, registrou a menor proporção de nascimentos de homens no período analisado. Em 1994, teve uma taxa de 62,5% e, dez anos depois, o índice de nascimentos de meninos caiu para 26%.
Segundo Gibson, os agrotóxicos atuam como desreguladores endócrinos porque, entre os mecanismos de ação, têm estrutura molecular semelhante à de hormônios naturais.

Alguns autores, como o inglês Willian H. James, sugerem que não se pode atribuir a responsabilidade pelo declínio na proporção de nascimento masculino só à poluição ambiental, uma vez que não se sabe como seria tal proporção na ausência dessas partículas poluentes.

Texto 3 - O GUARDADOR DE REBANHOS - FERNANDO PESSOA

Há metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que ideia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?
«Constituição íntima das cousas»…
«Sentido íntimo do Universo»…
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.

Texto 5 - Multidões inteligentes e transformações do mundo - Dalton Martins e Hernani Dimantas
[...] A sociedade sempre funcionou em rede. [...] A era industrial, sob o domínio da comunicação de massas, deixou a rede escondida. Em segundo plano. Mas a internet tem nos levado a reviver a ideia. O sistema torna-se mais abrangente. As redes de amigos cresceram. Hoje em dia, com o advento e popularização da internet, novas redes colaborativas, voltadas para a produção criativa, têm surgido com incrível velocidade, criando bens coletivos de valor inestimável.
A rede dos hackers, um dos exemplos mais evidentes, produz, todos os dias, inovações tecnológicas que prometem revolucionar a economia dominante do mercado de software. São os chamados  softwares livres, que podem ser instalados gratuitamente no seu computador, permitindo que você realize uma gama enorme de atividades, desde conectar a sua câmera digital até editar e mixar uma música. Porém, o mais importante é que esses softwares são bens criativos, e podem ser estudados e melhorados por todos.
A produção coletiva e descentralizada de bens criativos não se aplica somente ao software. Já começam a aparecer reflexos dessa nova forma de produção em diversas áreas do conhecimento. Um ótimo exemplo é a
Wikipédia, uma enciclopédia construída coletivamente na web. O software livre é o caso mais conhecido e mais impactante de uma nova dinâmica, que demonstra a produção de conhecimento livre como alternativa economicamente viável e sustentável.
[...] A rede indica um futuro libertador. A web só faz sentido quando um se preocupa com o outro. Numa circulação generalizada e libertadora de fluxos de informações e das ondas econômicas, a web é um mundo que nós criamos para todos nós. Só pode ser compreendido dentro de uma teia de ideias que inclua os pensamentos que fundamentam nossa cultura, com o espírito humano persistindo em todos nós. Tal compromisso entre humanos, tal generosidade altruísta não está desenvolvida no centro.
Muito mais que conhecimento formal, as redes articulam convívio, solidariedade, mobilização. Esse conhecimento está impregnado nos mutirões. No efeito “puxadinho colaborativo”. [...] A sociedade civil se organiza, compra, vende,
troca, aprende e ensina mobilizando as bases para o interesse comum. Desenvolver a comunidade, criar filhos, conviver com amigos, trabalhar e tentar ser feliz. Dizemos que quando se está em rede não há mais necessidade de operar a mudança social, ela se faz permanente.
MARTINS, Dalton; DIMANTAS, Hernani. Multidões inteligentes e transformação do mundo. Le monde diplomatique Brasil. Caderno Brasil, coluna “Sociedade em rede”, 25 out. 2007. Disponível em: <http://diplo.uol.com.br/ 2007-10,a1976>. Acesso em: 15 out. 2009.
Texto 4
[...] a cidade é o lugar do trabalho (da máquina sendo operada, da caixa registradora funcionando, da rua sendo varrida), mas também do lazer (a praça do
interior, o clube, o espaço dos esportes, e vamos parando para uma cervejinha...). a cidade é o lugar da produção (a fábrica, a chaminé e mais poluição); e do consumo (o shopping, o calçadão, e imagens de outdoors que nos informam, nos estimulam, nos invadem). A cidade é o lugar de ir e vir (ruas, avenidas, viadutos, ônibus cheio, trânsito parado) e do estar (casas, prédios, barracões, e até parece que não há lugar para todo mundo...). É o lugar da ordem (horários para sair e para chegar, filas, normas, policiamento), e da contra-ordem (o supermercado saqueado, o trem depredado ou o piquete para a greve). É o lugar dos sistemas econômicos (tudo é custo/benefício, tudo é investimento, e o nosso tempo é dinheiro) e de lutas sociais (o sindicato, a associação de bairro, os movimentos negro, de mulheres e de gays). É o lugar das funções (cada construção, cada máquina, cada pessoa tem o seu papel), mas é também o lugar da arte (a escultura que se ergue na praça, o painel pintado na estação de metrô, o museu que divide a avenida – arquitetura e artes plásticas brincando com os carros e pessoas que passam com pressa). A cidade é natureza transformada, domada, destruída (o prédio que se ergue, a árvore que se corta, a terra que se recobre de asfalto), mas também é natureza que se rebela (o rio que transborda, o morro que desmorona, soterra e mata). É objetiva e pragmática (o supermercado para ser feito no caminho de casa, o caixa automático no banco), mas também subjetiva e espiritual (a catedral que a simboliza, o pastor que prega, e mais um terreno de umbanda na periferia distante). É comunicação e encontro (os telefones, as TVs, o estádio de futebol, o dancing), mas também isolamento, desencontro e procura (alguém que anda sozinho, o classificado que anuncia ‘o parceiro sexual que você procura’, o encontro marcado ao qual chegamos atrasados). Enfim, a cidade é riqueza e é pobreza, beleza e feiúra, é evolução, transformação e revolução, é unidade e diversidade, é contradição” .   
                    
(SPÓSITO, Maria Encarnação Beltrão. A urbanização no Brasil. São Paulo: CENP,  1993.  p.63. Geografia - Série Argumento).

Texto 6 - Somos parte do Meio Ambiente - 16/04/2009 - Cienciaonline.org
  Somos mais parte do meio ambiente do que vocês podem imaginar. Querem ver? Tenho certeza que não haviam pensado no que vou contar...Acomodados? Então vamos a mais uma estória...
    O nosso corpo é uma associação de moléculas, formadas elas próprias de agrupamentos de átomos.
  Os átomos são partículas minúsculas governadas por forças específicas. Eles entram no nosso organismo pela respiração e pelos alimentos, renovam incessantemente os tecidos, são substituídos por outros, e quando eliminados, vão pertencer a outros corpos.
    Alguns cientistas e pesquisadores acreditam que, em cerca de três meses o corpo humano é totalmente renovado, e nem no sangue, nem nos músculos, nem no cérebro, nem nos ossos resta mais uma única célula que constituía o todo 90 dias antes.
    Por intermédio da atmosfera, principalmente, os átomos viajam sem cessar de um para outro corpo. A molécula de ferro é sempre a mesma, quer esteja incorporada ao sangue que pulsa sob a têmpora de um homem ilustre ou pertença a um vil fragmento enferrujado. A molécula de oxigênio é idêntica, quer preencha os pulmões de um recém-nascido, ou reunida ao hidrogênio, projete sua flama em uma vela de aniversário, ou ainda, caia em gota de água do alto das nuvens.
    Os corpos vivos atualmente são formados da cinza dos mortos, de fragmentos de meteoros e até mesmo de estrelas e dinossauros. E, durante a vida mesmo, numerosas mudanças ocorrem entre homens, animais, plantas e qualquer outra coisa que esteja em nossa atmosfera, inclusive lixo e poluição. Estas trocas causariam grande espanto se pudéssemos enxergá-las.
    Tudo o que você respira, come ou bebe, já foi respirado, bebido ou comido milhares de vezes. Tal é o corpo: um complexo de moléculas que se renovam constantemente! Convencido agora de que você faz parte da Natureza assim como todas as outras coisas do Planeta e do Universo? Por isso, é bom cuidar dele direitinho porque assim você estará cuidando de si mesmo.

Artigo do mês de março de 2002 da Revista de Ciência On-line: http://www.cienciaonline.org/

Um comentário:

  1. Shilei, uma parada bem legal. O plenarinho(que é um órgão da Câmara dos Deputados)Está com um concurso para concorrer a um tablet. Grave um vídeo ou um áudio sobre o tema: "Política:o que você tem a ver com isso? Tudo!"e mande pra eles. O comentário pode ser exibido na rádio e na tv Câmara.

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