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sexta-feira, 11 de março de 2016

Segunda semana de aula com o dia internacional da mulher

Pessoas queridas,
nessa terceira semana de aula, como tivemos também o dia temático internacional da mulher (8-3) vou cobrar 2 relatórios críticos, assim como o da semana passada que teve, além da aula normal, palestra sobre as doenças transmitidas pelos mosquito Aedes Egípcio. Então, sempre dando exemplo, farei também meus dois relatórios nesta postagem.

As aulas dessa semana foram basicamente o término das redações iniciais em grupo, avaliação dos relatórios individuais, apresentações e avaliação das redações com comentários meus acerca: 1) da postura que espero de vocês como estudantes, responsáveis, organizados, expressivos e abertos às críticas; 2) qualidade dos textos e da leitura feita; 3) relações e explicações dos conteúdos sociológicos a serem trabalhados no ano. Fiquei feliz em perceber o esforço da maioria em fazer as tarefas e a atenção geral dada às minhas orientações. Por outro lado, fiquei cansada em olhar tantos relatórios, bastante repetitivos porque quase todos eram meramente descritivos ou superficiais nos posicionamentos pessoais em relação às informações e experiências vivenciadas. Em algumas turmas, necessitei discutir tanto a nossa relação professora/estudantes que não deu tempo nem de comentar o conteúdo das redações trazendo para o programa anual. Mas é assim mesmo, cada uma tem seu processo e esta é a beleza de dar aulas: sempre há surpresas e desafios a superar. Na próxima aula iremos para a sala de informática e mostrarei o programa que estou finalizando hoje a partir das contribuições de vocês. Espero termos uma ótima parceria neste ano!

No PD do dia internacional da mulher, cada turma ficou com um professor que definiu uma dinâmica própria para trabalhar o tema. Três estudantes de Ciências Sociais da UnB contribuíram assumindo turmas. Nessas três turmas fizemos a seguinte provocação: O que você queria fazer e não fez por ser mulher (ou homem). A ideia era evidenciar as limitações que o machismo reproduzido há milênios impõe às pessoas. Na minha sala houve piadinhas, mas, em geral, a galera entrou no espírito do debate. Falei um pouco da origem do dia e escolhi 4 personalidades históricas femininas para ilustrar a luta das mulheres por direitos. Frisei sobre a importância de termos referências positivas para superarmos obstáculos e não desistirmos dos nossos sonhos/metas. Ao final a turma fez um painel. Lendo alguns relatos vi que muitos gostaram da dinâmica. Teve quem reclamou do pouco tempo para produção. Concordo, acho necessárias mais aulas acerca do tema. Por isso, peço reservei no cronograma um dia para lermos os relatórios críticos e debatermos. A questão também entrará na VG, portanto na aula anterior a ela fecharemos alguns pontos sobre a problemática de violência contra a mulher. Estou super curiosa para saber como foi a levada nas outras turmas!

A seguir mostro um pouco das personalidades que trabalhei no PD:
Dandara
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Dandara foi uma guerreira negra[1] do período colonial do Brasil, esposa de Zumbi dos Palmares [1] [2] e com ele teve três filhos[1] . Suicidou-se (jogou-se de uma pedreira ao abismo) depois de presa[1] , em 6 de fevereiro de 1694, para não retornar à condição de escrava. Sua figura é envolta em grande mistério, pois quase não existem dados sobre sua vida e/ou atos. Praticamente todos os relatos que se referem a ela são esparsos e desconexos, com características de lendas[2] .
Descrita como uma heroína, Dandara dominava técnicas da capoeira e teria lutado ao lado de homens e mulheres nas muitas batalhas consequentes a ataques a Palmares, estabelecido no século XVII na Serra da Barriga, região de Alagoas, cujo acesso era dificultado pela geografia e também pela vegetação densa.
Não se sabe se Dandara nasceu no Brasil ou no continente africano, mas teria se juntado ainda menina ao grupo de negros que desafiaram o sistema colonial escravista por quase um século. Ela participava também da elaboração das estratégias de resistência do quilombo.
Os ataques ao Palmares teriam se tornado frequentes a partir de 1630, com a invasão holandesa. Segundo a narrativa em torno de Dandara, ela teria tido importante papel no rompimento do marido com seu antecessor, Ganga-Zumba, primeiro grande chefe do Quilombo de Palmares e tio de Zumbi. Em 1678, Ganga-Zumba assinou um tratado de paz com o governo de Pernambuco. O documento previa que as autoridades libertassem palmarinos que haviam sido feito prisioneiros em um dos confrontos. E também a liberdade dos nascidos em Palmares, além de permissão para realizar comércio. Em troca, a partir dali, os habitantes do quilombo deveriam entregar escravos fugitivos que ali buscassem abrigo. Dandara, ao lado de Zumbi, teria sido contrária ao pacto por entender que se tratava de um acordo que não previa o fim da escravidão. Ganga-Zumba acabou sendo morto por um dos palmarinos contrários à sua proposta[3] .

A compositora e maestrina carioca Chiquinha Gonzaga (1847-1935) destaca-se na história da cultura brasileira e da luta pelas liberdades no país pelo seu pioneirismo. A coragem com que enfrentou a opressora sociedade patriarcal e criou uma profissão inédita para a mulher, causou escândalo em seu tempo. Atuando no rico ambiente musical do Rio de Janeiro do Segundo Reinado, no qual imperavam polcas, tangos e valsas, Chiquinha Gonzaga não hesitou em incorporar ao seu piano toda a diversidade que encontrou, sem preconceitos. Assim, terminou por produzir uma obra fundamental para a formação da música brasileira.
Francisca Edwiges Neves Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de outubro de 1847, da união de José Basileu Neves Gonzaga, militar de ilustre linhagem no Império, com a forra Rosa, filha de escrava. A menina cresceu e se educou num período de grandes transformações na vida da cidade. Além de escrever, ler e fazer cálculos, estudar o catecismo, e outras prendas femininas, a jovem sinhazinha aprendeu a tocar piano. Educada para ser dama de salão, aos 16 anos Chiquinha se casou com o promissor empresário Jacinto Ribeiro do Amaral, escolhido por seu pai. Continuou dedicando atenção ao piano, para desespero do marido, que não gostava de música e encarava o instrumento como seu rival. Inquieta e determinada, Chiquinha se rebelou e decidiu abandonar o casamento ao se apaixonar pelo engenheiro João Batista de Carvalho, com quem passou a viver.
O escândalo resultou em ação judicial de divórcio perpétuo movida pelo marido no Tribunal Eclesiástico, por abandono do lar e adultério. A Chiquinha Gonzaga que emerge no cenário musical do Rio de Janeiro em 1877, após desilusão amorosa, maldição familiar, condenações morais e desgostos pessoais é uma mulher que precisa sobreviver do que sabia fazer: tocar piano.
Ninguém ousara tanto. Praticar música ao piano, ou até mesmo compor e publicar, não era incomum às senhoras de então, mas sempre mantendo o respeito ao espaço feminino por excelência, o da vida privada. A profissionalização da mulher como músico (e ainda mais aquele tipo de música de dança para consumo nos salões!) era fato inédito na sociedade da época. A atividade exigia talento, determinação e coragem – qualidades que não faltavam a Chiquinha Gonzaga.


Lélia Gonzalez
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Lélia Gonzalez (Belo Horizonte, 1 de fevereiro de 1935  Rio de Janeiro, 10 de julho de 1994) foi uma intelectual, política, professora e antropóloga brasileira.
Filha de um ferroviário negro e de uma empregada doméstica indígena era a penúltima de 18 irmãos, entre eles o futebolista Jaime de Almeida, que jogou pelo Flamengo. Nascida em Belo Horizonte, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1942.[1]
Graduou-se em História e Filosofia e trabalhou como professora da rede pública de ensino. Fez o mestrado em comunicação social e o doutorado em antropologia política. Começou então a se dedicar à pesquisas sobre relações de gênero e etnia. Foi professora de Cultura Brasileira na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde chefiou o departamento de Sociologia e Política.
Como professora de Ensino Médio no Colégio de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (UEG, atual UERJ), nos difíceis anos finais da década de 1960, fez de suas aulas de Filosofia espaço de resistência e crítica político-social, marcando definitivamente o pensamento e a ação de seus alunos.
Ajudou a fundar instituições como o Movimento Negro Unificado (MNU), o Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN), o Coletivo de Mulheres Negras N'Zinga e oOlodum. Sua militância em defesa da mulher negra levou-a ao Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), no qual atuou de 1985 a 1989.


Malala Yousafzai 
Malala Yousafzai
Malālah Yūsafzay; Swat, 12 de julho de 1997) é uma ativistapaquistanesa. Foi a pessoa mais nova a ser laureada com um prémio Nobel.[3] É conhecida principalmente pela defesa dos direitos humanos das mulheres e do acesso à educação na sua região natal do vale do Swat na província de Khyber Pakhtunkhwa, no nordeste do Paquistão, onde os talibãs locais impedem as jovens de frequentar a escola. Desde então, o ativismo de Malala tornou-se um movimento internacional.
A família de Malala gere uma cadeia de escolas na região. No início de 2009, quando tinha 11-12 anos de idade, Malala escreveu para a BBC um blog sob pseudónimo, no qual detalhava o seu cotidiano durante a ocupação talibã, as tentativas destes em controlar o vale e os seus pontos de vista sobre a promoção da educação para as jovens no vale do Swat. No verão seguinte, oNew York Times publicou um documentário[4] sobre o cotidiano de Malala à medida que o exército paquistanês intervinha na região. A popularidade de Malala aumentou consideravelmente, dando entrevistas na imprensa e na televisão e sendo nomeada para o prémio internacional da Criança pelo ativista sul-africano Desmond Tutu.
Na tarde de 9 de outubro de 2012, Malala entrou num autocarro escolar na província de Khyber Pakhtunkhwa. Um homem armado chamou-a pelo nome, apontou-lhe uma pistola e disparou três tiros. Uma das balas atingiu o lado esquerdo da testa e percorreu o interior da pele, ao longo da face e até ao ombro.[5] Nos dias que se seguiram ao ataque, Malala manteve-se inconsciente e em estado grave. Quando a sua condição clínica melhorou foi transferida para um hospital em Birmingham naInglaterra. Em 12 de outubro, um grupo de 50 clérigos islâmicos paquistaneses emitiu uma fátua contra os homens que a tentaram matar, mas os talibãs reiteraram a sua intenção de matar Malala e o pai. A tentativa de assassinato desencadeou um movimento de apoio nacional e internacional. A Deutsche Welle escreveu em 2013 que Malala se tornou "a mais famosa adolescente em todo o mundo".[6] O enviado especial das Nações Unidas para a educação global, Gordon Brown, lançou uma petição da ONU em nome de Malala com o slogan I am Malala ("Eu sou Malala"), exigindo que todas as crianças do mundo estivessem inscritas em escolas até ao fim de 2015, petição que impulsionou a retificação da primeira lei de direito à educação no Paquistão.[7]

Em 29 de abril de 2013, Malala foi capa da revista Time e considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. Em 12 de julho do mesmo ano, Malala discursou na sede da Organização das Nações Unidas, pedindo acesso universal à educação. Malala foi ainda homenageada com o prémio Sakharov de 2013. Em fevereiro de 2014, foi nomeada para o World Children's Prize naSuécia.[8] Em 10 de outubro, foi anunciada a atribuição do Nobel da Paz a Malala pela sua luta contra a repressão de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação. Com apenas 17 anos, Malala foi a mais jovem laureada com o Nobel.[9] [10]Malala partilhou o Nobel com Kailash Satyarthi, um ativista indiano dos direitos das crianças.[11]

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