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sexta-feira, 19 de maio de 2023

Durante a greve

Amores, fiquei de escrever durante a greve para vocês e aqui estou. Na última postagem finalizei me comprometendo a escrever sexta, só demorei duas para fazer isso. Achei que já tinham muito material para se divertirem e que essas duas semanas nas quais a escola parou seria um pouco do recesso que perderemos. Aproveitei para fechar notas, orientar os estagiários, passar exercícios de recuperação continuada e participar das manifestações sociais. Criei um grupo de WhatsApp específico para nossas aulas com o intuito de ajudar na orientação das pesquisas e exercícios com a participação dos universitários. Também por meio dele podemos divulgar incursões como as que aconteceram na semana passada na UnB:
Na segunda-feira (8/5) foram estudantes da turma 3ºF somente com as estagiárias. Eu estava na assembleia regional votando no comando de greve e articulando estratégias para o movimento. Na terça (9/5), fomos com estudantes do 3ºD. Fizemos um piquenique depois fomos ao museu de geologia. Passamos no CA (Centro Acadêmico) de Sociologia e no DCE (Diretório Central dos Estudantes), instâncias de representação estudantil dentro do departamento e da universidade respectivamente. Foi uma manhã agradável que me reconectou com meu papel de professora e me deu mais força para lutar por uma educação pública de qualidade.
Na sexta ( 12/5), fomos para as aulas de estagio 1 e 3 no ICS (Instituto de Ciências Sociais da UnB). Participaram estudantes do 3ºG e F. Foi muito legal! Foram todos bem atentos e participativos, mesmo eu tendo falado muito. Fizemos a dinâmica das trocas de cadeiras inclusivas. Falamos sobre o Novo Ensino Médio e os desafios da educação pública. Na hora fiquei animada demais e acabei sendo um tanto escolástica. Terminei sem saber o que de fato conseguiram aproveitar.
Ficamos de articular com os professores da UnB uma volta para trabalharmos outras dinâmicas, mas isso dependerá dos rumos que a greve tomará. As assembléias das quintas estão lotadas e bem alegres como vistos nos vídeos que enviei nos grupos. Os piquetes também estão belos e fortes. Isso fez com que a Câmera Legislativa do DF precionasse o governador a sentar para negociar. Isso mostra como o "governo" é multi facetado. Existem forças diversas disputando nos três poderes e a pressão das manifestações contam bastante, mesmo tendo o judiciário neste momento mais ligado ao governador.
A união da categoria é o ponto mais importante na minha visão. Aliás, é por isso que eu sempre faço greve. Educar sozinha é impossível. Precisamos de "aldeia", precisamos juntar nossas forças para avançarmos em nosso cotidiano, cada dia mais complexo. No dia das mães, fizemos um sarau político no eixão que foi uma delícia. Fui com minha família e encontrei colegas queridos de longa data. Me sentir mais esperançada e fortalecida. Cantei junto com minha filha e meu marido a agonia e a alegria de viver:
Segundo o pessoal do comando de greve, a equipe selecionada para o diálogo é boa e estão avançando nas negociações. Alguns pontos importantes estão sendo discutidos, mas ainda precisam melhorar quanto a urgência das tratativas e apontarem para algum reajuste salarial imediato.
Estou com esperança de que na próxima quarta eles cheguem a um meio termo e a greve seja encerrada na assembleia de quinta. Nesta segunda, irei na assembleia regional para dar minhas opiniões e ouvir com mais atenção as propostas e estratégias. De qualquer maneira, continuem fazendo as leituras, exercícios, pesquisas de vocês e aproveitando os estagiários. Na quarta terá mais um passeio, agora ao Itamaraty. Entrem em contato com a estagiária Débora, pois ela precisa dos dados para agendar a visita. A gente vai se falando...

Um comentário:

  1. A greve dos professores é importante porque destaca questões críticas na educação. Quando os professores decidem entrar em greve, geralmente é devido a problemas como salários inadequados, más condições de trabalho ou falta de recursos educacionais. Essa ação serve como um alerta para a sociedade sobre questões que afetam não apenas os professores, mas também a qualidade da educação que os alunos recebem.

    Ao protestar por meio de greves, os professores buscam chamar a atenção para a necessidade de melhorias nas condições de trabalho e no sistema educacional como um todo. Isso pode levar a mudanças positivas, resultando em salários mais justos, melhores ambientes de trabalho e investimentos adequados na educação, benefícios que se estendem para além dos professores, impactando positivamente os alunos e a sociedade em geral.

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