Amores,
aqui estou na casa do meu pai vendo, respirando e ouvindo a chuva caindo na pequena mata do Bananal. Como a vida é fantástica e o calar das vozes precioso! Esse exercício de observação me fez lembrar das aulas dessa semana. Trabalhamos recursos de conhecimento, gostos e como nos tornamos quem somos. Aprendemos de diversas maneiras, de acordo com os contextos sociais em que entramos em contato o que olhar, perceber, pensar, saber, sentir, como agir e relacionar. Nesse processo de socialização, adquirimos os hábitos e valores de nossa cultura, cada dia mais tecnológica e individualista. Ela nos traz um mundo de informações rápidas que as vezes nem conseguimos digerir e nos enxergar. Ficamos alienados do prazer da chuva, do vento, do céu, das plantas, do outro, de nós mesmos, do agora. Nossa observação fica embotada, limitada à internet, à tv, ao dever ser (ou ter). Por outro lado, nos permite acesso a uma diversidade de alternativas para escolhermos o que queremos ser. Tentaremos compreender ao longo deste bimestre detalhes desse processo de socialização, para ampliar nossa visão das possibilidades, nosso capital simbólico e nosso poder sobre esse meio que nos criou e recriamos continuamente em processo dialético.
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