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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

textos interdisciplinares e preparação para as avaliações

Queridos estudantes,


na próxima semana farei a exposição e articulação de todo o conteúdo do bimestre com vistas a ampliar a compreensão e prepará-los para as avaliações. Isso será feito com problematizações que valerão nota de avaliação oral. Por isso, leiam os textos propostos e pesquisem sobre os conceitos sociológicos, colocados como conteúdo no plano de ensino de sua série. 


Obs: os terceiros anos terão de apresentar a segunda parte dos trabalhos na aula após o provão. Assim, já disponibilizei no moodle o roteiro - segunda parte da pesquisa-ação.


No intuito de melhorar ainda mais a participação e aproveitamento de vocês na próxima aula e no provão interdisciplinar, segue os 3 textos escolhidos (são os mesmos para as três séries): 



“VISÕES E INTERPRETAÇÕES DE UM BRASIL”

TEXTO I - Brasil Com P  -  Gog (Música do PAS)

Pesquisa publicada prova:
Preferencialmente preto, pobre, prostituta
Pra polícia prender
Pare, pense,  porquê?
Prossigo
Pelas  periferias praticam perversidades parceiros: PMs
Pelos palanques políticos prometem, prometem
Pura palhaçada Proveito próprio,
Praias, programas, piscinas, palmas...
Pra periferia? Pânico, pólvora, pá pá pá
Primeira páginas
Preço pago?
Pescoço, peito, pulmões perfurados
Parece pouco?
Pedro Paulo
Profissão: pedreiro
Passa-tempo predileto: pandeiro, pandeiro parceiro
Preso  portanto pó Passou pelos piores pesadelos
Presídios, porões, problemas pessoais, psicológicos
Perdeu parceiros, passado, presente
Pais, parentes, principais pertences
PC: político privilegiado
Preso parecia piada, parecia piada, parecia piada
Pagou propina pro plantão policial
Passou pela porta principal
Posso parecer psicopata
Pivô pra perseguição
Prevejo populares portanto pistolas
Pronunciando palavrões
Promotores públicos pedindo prisões...
Pecado, pena
Prisão perpétua
Palavras pronunciadas pelo poeta, periferia
Pelo presente pronunciamento,
pedimos punição para peixes pequenos,
poderosos pesos pesados.
Pedimos principalmente paixão pela pátria
prostituída pelos portugueses
Prevenimos,posição parcial poderá provocar
protestos, paralisações, piquetes, pressão popular,
Preocupados?
Promovemos passeatas pacificas, palestras,
panfletamos
Passamos perseguições, perigos por praça, palcos...
Protestávamos porque privatizaram portos,
pedágios... (precisamos produzir)... proíbidos
Policiais petulantes, pressionavam, pancadas,
pauladas, pontapés (precisamos produzir)
Pangarés pisoteando, postulavam prêmios, pura
pilantragem
Padres, pastores, promoveram procissões
pedindo piedade,paciência para população
Parábolas profecias, prometiam pétalas,
paraíso predominou predador
Paramos, pensamos profundamente:
Porque pobre pesa plástico, papelão,
pingado pela passagem pelo pão?
Por que proliferam pragas pelo pais?
Por que presidente por que?
Predominou o predador
Por que? Por que? Por que?

TEXTO II - EU ETIQUETA

Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comparo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.
Carlos Drummond de Andrade




TEXTO III - Brasil. [Do fr. Brésil, que é alter. Do it. Verzino] S. m.
1. Bras. Pau-basil.  2. Bras. Ant. A cor do pau-brasil; encarnado, vermelho. 3. Bras. Tintura fabricada com a madeira do pau-brasil, usada em tinturaria e pintura, e também para dar o vermelho das miniaturas e iluminuras dos manuscritos. S. 2 g. 4. Indígena do Brasil. [M. us. No PL.]  5. Natural ou habitante do Brasil. [M.us. no PL.] ~ V. Brasis

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